📰 Últimas notícias
Acusado de rombo de R$ 9 bi, ‘Faraó dos Bitcoins’ será julgado pela CVM na 3ª-feira

Acusado de rombo de R$ 9 bi, ‘Faraó dos Bitcoins’ será julgado pela CVM na 3ª-feira

Publicidade

A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) está prestes a julgar um dos casos mais emblemáticos do mercado de criptomoedas no Brasil. Glaidson Acácio dos Santos, conhecido como o "Faraó dos Bitcoins", será julgado na próxima terça-feira, dia 29. Santos é acusado de liderar um esquema que movimentou R$ 38 bilhões e deixou um prejuízo estimado em R$ 9,3 bilhões.

O julgamento de Santos, que foi garçom e pastor antes de se envolver com bitcoins, é considerado pelos especialistas como algo certo. A expectativa é que ele seja condenado por unanimidade pelo Colegiado da CVM. Além de Santos, outra figura importante do mercado de criptomoedas, o "Rei do Bitcoin" Cláudio José de Oliveira, também terá seu julgamento no próximo mês. Oliveira é acusado de uma fraude estimada em R$ 1,5 bilhão.

Os dois casos evidenciam a necessidade de regulamentação e fiscalização no mercado de criptomoedas. A CVM está atuando para coibir a atuação de esquemas fraudulentos e garantir a segurança dos investidores. A acusação contra Santos também envolve sua esposa, Mirelis Zerpa, que está foragida, e sua empresa, a G.A.S. Consultoria e Tecnologia.

Santos está preso desde agosto de 2021, quando sua operação ilegal foi descoberta pela Polícia Federal. O esquema prometia um retorno médio de 10% ao mês por 12 meses e contava com mais de 127 mil investidores cadastrados. Com a falência da G.A.S., decretada em fevereiro deste ano, os investidores buscam recuperar suas aplicações.

As acusações contra Santos incluem operação fraudulenta e realização de oferta de valores mobiliários sem registro. A investigação também revelou que parte do dinheiro do esquema abastecia a conta pessoal de Santos e da empresa MYD Zerpa, de sua esposa. Os investigadores também identificaram a transferência de recursos para diversas empresas recém-criadas, a maioria localizada em Cabo Frio.

O caso de Santos e Oliveira levanta questões sobre a falta de controle dos bancos em relação aos depósitos e pagamentos dessas operações. Especialistas sugerem que o Banco Central deveria impor filtros mais rigorosos para o fluxo de dinheiro envolvendo corretoras de criptomoedas.

O julgamento desses casos terá um impacto significativo no mercado financeiro brasileiro e para os investidores individuais. Além de trazer à tona a necessidade de uma maior regulamentação no mercado de criptomoedas, os casos servirão como um alerta para os investidores quanto aos riscos envolvidos nesse tipo de investimento.

A CVM tem se mostrado atuante na investigação de esquemas fraudulentos e na proteção dos investidores, e espera-se que os julgamentos de Santos e Oliveira fortaleçam ainda mais a atuação da entidade. O mercado de criptomoedas ainda é um terreno novo e em constante evolução, por isso é fundamental que os investidores estejam atentos e tomem as devidas precauções antes de fazer qualquer tipo de investimento nesse mercado. A transparência e a segurança são essenciais para garantir o desenvolvimento sustentável desse setor no Brasil.

Publicidade
Publicidade
🡡