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Wi-Fi 7 | 4 desafios à implantação e popularização no Brasil

Wi-Fi 7 | 4 desafios à implantação e popularização no Brasil

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Wi-Fi 7 | 4 desafios à implantação e popularização no Brasil

O Wi-Fi 7, próximo padrão de rede sem fio, está se aproximando, trazendo melhorias significativas em termos de estabilidade, segurança de rede e volume de dados. No entanto, sua implantação e popularização no Brasil ainda enfrentam alguns desafios que precisam ser superados. Conversamos com Ayrton Neves, Diretor de Canais da TP-Link Brasil, para entender melhor esses obstáculos.

1. Processo de homologação da Anatel

No Brasil, qualquer dispositivo eletrônico que utiliza componentes de frequência de rádio precisa passar pelo processo de homologação da Anatel. Essa certificação garante que os equipamentos atendam aos requisitos de segurança e qualidade exigidos para evitar emissões nocivas de radiação. Embora essa seja uma medida importante, ela também encarece o processo e afeta o momento de lançamento dos produtos. Portanto, a homologação da Anatel é um dos fatores que contribuem para a demora na chegada do Wi-Fi 7 ao mercado brasileiro.

2. Compatibilidade restrita com dispositivos anteriores

Uma das principais vantagens do Wi-Fi 7 é a incorporação de novas tecnologias exclusivas dessa geração, como a Operação Multi-Link e a modulação 4KQAM. No entanto, essas tecnologias só podem ser aproveitadas em sua totalidade por dispositivos certificados para o Wi-Fi 7. Isso significa que, no início, investir nesse novo padrão pode não fazer sentido para a maioria dos usuários, já que os primeiros dispositivos compatíveis só devem chegar ao mercado em 2024. Vale ressaltar que esses dispositivos também mantêm a compatibilidade com versões anteriores do protocolo.

3. Cobertura limitada na faixa de frequência de 6GHz

O Wi-Fi 7 opera em uma nova faixa de frequência de 6GHz, que oferece taxas de transferência até cinco vezes maiores do que o Wi-Fi 6/6E. No entanto, uma desvantagem dessa frequência mais alta é a degradação do sinal à medida que a distância aumenta. Isso significa que a velocidade garantida só é alcançada muito próximo aos pontos de acesso. No entanto, por se tratar de uma tecnologia nova e com uma área efetiva de sinal menor, as frequências de 6GHz são menos poluídas e sofrem menos interferência de dispositivos vizinhos. Além disso, outras operações, como a introdução de um segundo ponto de acesso via rede Mesh e a Operação Multi-Link, podem resolver os desafios de cobertura limitada.

4. Preço mais alto em cascata

A adoção inicial do Wi-Fi 7 é naturalmente mais cara devido ao alto investimento em pesquisa e desenvolvimento. Esse custo é repassado ao consumidor final até certo ponto. Além disso, como a base de usuários para esse novo padrão ainda não está estabelecida, o retorno do investimento em infraestrutura é reduzido. Por isso, é esperado que a implantação inicial do Wi-Fi 7 se concentre em segmentos corporativos e casas de alto padrão, devido aos dispositivos mais caros compatíveis com o novo padrão. A criação de parcerias entre setores público e privado, juntamente com a redução de barreiras alfandegárias e uma boa regulação, são fatores essenciais para incentivar a adoção em larga escala do Wi-Fi 7.

Em resumo, a implantação e popularização do Wi-Fi 7 no Brasil enfrentam desafios relacionados ao processo de homologação, compatibilidade com dispositivos anteriores, cobertura limitada na nova faixa de frequência e custo mais alto. No entanto, com a necessidade crescente de redes mais potentes e estáveis para os avanços tecnológicos, é esperado que esses obstáculos sejam superados em um futuro próximo, tornando o Wi-Fi 7 mais acessível e amplamente utilizado.

Source: Canaltech

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