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Vendas de Natal não prometem grandes resultados, dizem especialistas

Vendas de Natal não prometem grandes resultados, dizem especialistas

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Vendas de Natal não prometem grandes resultados, dizem especialistas

A tradicional melhor época do ano para o varejo brasileiro não é animadora. Existe uma certa expectativa que o movimento no Natal seja ligeiramente melhor – ou menos pior – do que o desempenho decepcionante da Black Friday. De um lado, o consumidor endividado e as altas taxas de juros arrastando uma alta despesa financeira. De outro, os varejistas preocupados em não "queimar caixa", ou gastar mais para vender.

As vendas durante a Black Friday deste ano registraram uma queda significativa em relação ao ano passado, conforme dados da Neotrust, empresa de análise de dados com foco no comércio digital. Houve uma redução de 18% no número de pedidos, considerando o principal canal de promoções da data, o online. O tíquete-médio teve apenas uma ligeira alta de 2%. Esses números foram um balde de água fria para quem esperava um crescimento de 13% nas vendas durante a Black Friday.

A expectativa para as vendas de Natal também não é muito otimista. O diretor de ecommerce da NielsenIQ|Ebit, Marcelo Osanai, afirma que, devido ao contexto macroeconômico mais restritivo e ao retorno dos consumidores às lojas físicas, não podemos esperar grandes resultados nas vendas online. O consumidor endividado e as altas taxas de juros são fatores que impactam negativamente o poder de consumo.

Segundo os especialistas consultados, a venda de celulares, que sempre foi um atrativo da Black Friday, apresentou uma queda nos últimos anos. Os consumidores estão passando mais tempo com o mesmo aparelho e as vendas dessa categoria estão diminuindo. Os principais varejistas também foram mais cautelosos este ano, preocupados em gerar margem de ganhos. Isso acabou beneficiando redes regionais, que ofereceram condições mais atraentes para o público.

Para o Natal, a expectativa é de um desempenho moderado no varejo. O consultor Alberto Serrentino destaca que, apesar de todos os elementos ligados à renda e à capacidade de consumo estarem avançando, o varejo não decola devido ao alto nível de juros. As empresas são asfixiadas pelas despesas financeiras, o que reduz o lucro ou gera prejuízo. Enquanto a taxa de juros não cair consistentemente, o varejo continuará tendo uma "vida de austeridade", com investimentos e expansão limitados.

A última Black Friday não foi ruim, segundo os especialistas, mas também não foi eufórica como se esperava. Não houve descontos agressivos por parte dos varejistas, que preferiram focar em vendas saudáveis, com margem e resultado. Os marketplaces, como Mercado Livre e Amazon, apresentaram um crescimento maior no online do que no offline.

Os meios de pagamento utilizados durante a Black Friday também tiveram algumas alterações. Houve um aumento no uso do cartão de crédito e do Pix, enquanto o uso de boletos ficou estável e houve uma queda no uso de cartão de débito, transferências e carteira digital.

Em resumo, as vendas de Natal não prometem grandes resultados devido ao contexto macroeconômico restritivo, ao consumidor endividado e às altas taxas de juros. O varejo enfrenta desafios para crescer devido à asfixia causada pelas despesas financeiras. Enquanto a taxa de juros não cair consistentemente, o varejo continuará tendo um desempenho moderado, com investimentos e expansão limitados.

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