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Varejo se junta a outros indicadores fracos e reforça projeções de ligeira contração do PIB no 4º tri

Varejo se junta a outros indicadores fracos e reforça projeções de ligeira contração do PIB no 4º tri

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Varejo se junta a outros indicadores fracos e reforça projeções de ligeira contração do PIB no 4º tri

Os dados fracos da atividade econômica em outubro, divulgados pelo IBGE, mostram que a indústria teve um crescimento praticamente nulo (+0,1%), os serviços recuaram 0,6% e as vendas no varejo tiveram uma retração de 0,3%. Esses números reforçam as projeções de economistas de que o Produto Interno Bruto (PIB) do último trimestre de 2023 deve mostrar uma ligeira contração.

De acordo com Claudia Moreno, economista do C6 Bank, os indicadores antecedentes indicavam uma expansão maior nas vendas do varejo, mas isso não se confirmou. Ela destaca que o setor de atacarejo, que passou a integrar a pesquisa do IBGE neste ano, tem trazido volatilidade para os resultados. Com base nisso, o banco revisou a projeção de crescimento do varejo ampliado de 3,0% para 2,5% em 2023. Acredita-se que o comércio deve seguir em ritmo lento até o final do ano.

A XP Investimentos também comenta sobre as condições de crédito ainda restritivas e o alto endividamento das famílias, que continuam a pesar sobre o consumo. Além disso, os impulsos gerados pelo alívio na inflação, especialmente nos preços dos alimentos, e da expansão da renda do trabalho devem se mostrar mais moderados. Nesse cenário, a XP projeta um PIB com uma expansão ligeiramente abaixo de 3% em 2023 e de 1,5% para 2024.

João Savignon, chefe de pesquisa macroeconômica da Kínitro Capital, pondera que a heterogeneidade entre as atividades de varejo pesquisadas e as frequentes revisões torna mais difícil analisar corretamente o desempenho do setor. No entanto, ele destaca que, em uma perspectiva mais longa, o varejo ampliado se encontra estável, estando apenas 1,0% acima do nível pré-pandemia e 5,0% abaixo de seu pico em agosto de 2012. Para ele, existe uma perda de fôlego da atividade no curto prazo, mas não é possível afirmar uma tendência de queda nos próximos meses.

Mesmo com as perspectivas desafiadoras, Savignon acredita que alguns fatores, como os efeitos do programa de renegociação de dívidas "Desenrola" e a manutenção do mercado de trabalho apertado, podem trazer estabilidade ao índice geral do comércio. No entanto, com as surpresas negativas dos serviços e do comércio ampliado, a Kínitro projeta uma ligeira queda de 0,1% no PIB no quarto trimestre de 2023, em comparação com o trimestre anterior, e um crescimento de 2,0% na comparação anual.

O Bradesco avalia que o último trimestre do ano começou mais fraco do que o esperado tanto no varejo quanto no setor de serviços. No entanto, sua Pesquisa Empresarial interna aponta para uma recuperação nos meses de novembro e dezembro.

Igor Cadilhac, economista do PicPay, comenta que o varejo pode voltar ao campo positivo até o final do ano, beneficiado pela melhora da Black Friday em comparação com o ano anterior. Além disso, as festas de fim de ano também podem ajudar.

Para 2024, a expectativa é que o avanço da renda real e a redução no comprometimento de renda e na inadimplência contrabalanceiem um juro real ainda elevado. Com todos os setores da atividade econômica apresentando variações tímidas na margem, estima-se que o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) apresente um recuo de 0,5% em outubro.

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