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Varejo e agro devem liderar recuperações judiciais em 2024, avaliam especialistas

Varejo e agro devem liderar recuperações judiciais em 2024, avaliam especialistas

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Varejo e agronegócio devem liderar recuperações judiciais em 2024, segundo especialistas

O ano de 2023 foi marcado por importantes casos de recuperação judicial, tanto no setor varejista como no agronegócio. Empresas conhecidas, como Americanas, Light, Oi, Grupo Petrópolis, 123milhas e SouthRock (dona de marcas como Starbucks, Eataly, TGI Fridays e Subway), passaram por esse processo. Além disso, em Mato Grosso, tem-se observado um aumento nos pedidos de recuperação judicial por parte de produtores e empresas do agronegócio.

Nos últimos meses, os pedidos de recuperação judicial relacionados ao campo aumentaram significativamente e se tornaram predominantes nos novos casos registrados nas Varas de Recuperação Judicial do estado. Isso ocorreu devido aos prejuízos causados pelo clima aos produtores de grãos, como a quebra da safra, o que levou a um aumento de custos e redução na produção.

Um exemplo significativo no setor varejista foi o caso da Americanas. Estima-se que as apólices de seguro relacionadas às recuperações judiciais dessas empresas totalizem entre R$ 2 bilhões e R$ 3 bilhões em risco segurado. De acordo com a advogada especialista em Direito Empresarial, Giulia Panhóca, o ano de 2023 foi marcado por essas recuperações judiciais, tão significantes que até mesmo escândalos recentes com prejuízos maiores foram deixados de lado.

A advogada destaca que, com duas grandes recuperações de empresas do setor de comércio, como Lojas Americanas e 123milhas, que têm grande contato com o público em geral, a repercussão desses casos foi ainda maior do que de outras recuperações até mais relevantes sob a perspectiva de valores, como a do Grupo Odebrecht. Em ambos os casos, houve percepções de possíveis fraudes ou simulações por parte dos órgãos de administração das empresas, que falharam em comunicar com precisão o grau de endividamento, gerando uma crise de confiança.

Apesar das boas perspectivas econômicas para o ano de 2024, com a queda dos juros, a redução da inflação e o desemprego em queda, os pedidos de recuperação judicial não devem retroceder, uma vez que as empresas ainda sentem os efeitos da pandemia. O setor do agronegócio, apesar de sustentar a balança comercial do país, também tem enfrentado dificuldades. A questão climática é um dos desafios enfrentados pelos produtores de grãos no estado de Mato Grosso. A recuperação judicial se apresenta como um meio de manter o setor pujante, gerando emprego e renda para o estado e municípios que dependem da produção agrícola como fonte principal de arrecadação de impostos.

Em 2023, houve um aumento nos pedidos de recuperação judicial por parte dos produtores de Mato Grosso. Entre as principais justificativas estão a quebra da safra devido ao clima quente e seco em praticamente todas as regiões do estado. Especialistas afirmam que essa tendência deve continuar em 2024. Segundo esses especialistas, os produtores explicaram que o plantio foi seriamente prejudicado pelas condições climáticas, o que acabou levando a uma diminuição de aproximadamente 20% na área plantada. Além disso, os fazendeiros fizeram investimentos que não serão compensados na hora da colheita.

Portanto, a expectativa é que o setor varejista e o agronegócio liderem os casos de recuperação judicial em 2024. Essas situações têm impactos relevantes no mercado financeiro, assim como para os investidores individuais no Brasil.

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