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Toyota critica benefícios fiscais de concorrentes, mas também recebe incentivos

Toyota critica benefícios fiscais de concorrentes, mas também recebe incentivos

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Toyota critica benefícios fiscais de concorrentes, mas também recebe incentivos

A Toyota, uma das montadoras mais renomadas do mundo, tem se destacado no mercado brasileiro não apenas por suas conquistas e investimentos, mas também pelas discussões em torno dos benefícios fiscais concedidos ao setor automotivo. Recentemente, a empresa fez críticas públicas às suas concorrentes que recebem incentivos em outras regiões do país, porém, a Toyota também é beneficiada por isenções fiscais.

Benefícios fiscais no Brasil

A Toyota defende a manutenção dos incentivos no Norte, Nordeste e Centro-Oeste, enquanto ela mesma usufrui de isenções de ICMS em São Paulo, onde possui uma de suas fábricas. Nos próximos anos, o grupo japonês receberá cerca de R$ 1 bilhão em créditos de ICMS, o que deixará de entrar no caixa do governo paulista. Além disso, a empresa também recebe benefícios federais, como a redução de IPI e do imposto de importação de componentes destinados à montagem de modelos híbridos.

Críticas às concorrentes

As críticas públicas feitas pela Toyota às suas concorrentes de outras regiões surgiram como resposta à Stellantis, empresa que possui uma fábrica em Goiana (PE). A Stellantis tem sido apelidada pelo setor de "bolsa Fiat", devido à redução de até 20% em seus custos de produção. Essa discussão tem gerado um embate entre as montadoras instaladas no Sul e Sudeste (como GM, Volkswagen e Toyota) e as montadoras instaladas no Centro-Oeste, Norte e Nordeste (Stellantis, Caoa e HPE), em relação às vantagens tributárias.

Impactos no mercado financeiro

A discussão em torno dos benefícios fiscais das montadoras tem impactos relevantes no mercado financeiro e para os investidores individuais. A prorrogação desses benefícios foi questionada e até mesmo barrada na Câmara dos Deputados, com risco de encerramento antecipado em 2025. No entanto, o tema foi revisto pelo Senado e as montadoras instaladas no Sul e Sudeste aceitaram a extensão dos benefícios até 2032, desde que fosse contemplada apenas a produção de veículos elétricos.

Desafios e retrocessos

A inclusão de um artigo no texto, às vésperas da votação no Senado, tem gerado polêmicas e é considerada por muitos como uma situação de desequilíbrio em relação às montadoras localizadas fora do eixo Norte. Ainda não se sabe se esse artigo será revisado ou mantido. Em uma carta pública divulgada pelas montadoras GM, Toyota e Volkswagen no dia 8 de novembro, elas expressaram que a expansão dos benefícios fiscais é um retrocesso tecnológico e ambiental, além de ser prejudicial ao desenvolvimento do país.

Posicionamento da Toyota

Consultada, a Toyota confirmou os incentivos de ICMS em São Paulo e informou que, para sua produção local, se beneficia de um regime que isenta importações de insumos ou peças sem similares no país, tal regime está disponível a qualquer concorrente do mercado. Diferentemente do regime automotivo do Nordeste, o regime da Toyota é aplicado apenas à sua produção local.

A discussão em torno dos benefícios fiscais no setor automotivo no Brasil continua gerando repercussões e dividindo opiniões. É importante acompanhar os desdobramentos dessa questão, pois ela impacta não apenas a indústria automobilística, mas também o mercado financeiro e os investidores no país.

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