Tesouro Direto: juros caem com dados de emprego dos EUA e contas públicas do Brasil no radar

Nesta quarta-feira (06), as taxas dos títulos públicos do Brasil apresentaram queda, em meio à repercussão dos dados do mercado de trabalho americano e das contas do Governo Central brasileiro. No mercado internacional, mais um indicador de emprego veio abaixo das expectativas.

De acordo com dados do ADP Research Institute, os Estados Unidos criaram 103 mil vagas no setor privado em novembro, enquanto a projeção de consenso Refinitiv era de 130 mil vagas. Além disso, o crescimento salarial desacelerou, com um aumento médio de 5,6% para aqueles que permaneceram empregados, o ritmo mais baixo desde setembro de 2021. Esses dados do Relatório Nacional de Emprego ADP vêm logo após o relatório Jolts, divulgado ontem, que mostrou uma queda na abertura de postos de trabalho nos setores não-agrícolas dos EUA.

No Brasil, o Banco Central informou que o setor público consolidado teve um superávit primário de R$ 14,8 bilhões em outubro, abaixo do resultado do mesmo mês do ano passado, que foi de R$ 27,1 bilhões. O resultado ficou abaixo do previsto pelo consenso LSEG, que era de um superávit de R$ 17,6 bilhões.

Essas informações influenciaram as taxas dos títulos do Tesouro Direto. O título de inflação mais longo, com vencimento em 2055, teve sua taxa reduzida de 5,71% para 5,67% na primeira atualização do dia. Já a rentabilidade real do Tesouro IPCA+ 2040 passou de 5,68% para 5,63%, enquanto o juro real do Tesouro IPCA+ 2029 caiu de 5,51% para 5,45%.

No caso dos títulos prefixados, destaque para a taxa do papel com vencimento em 2033, que apresentou uma queda de 10,96% para 10,86% ao ano. O Tesouro Prefixado 2029 pagava 10,63% de taxa, em comparação com os 10,70% de ontem. Já a rentabilidade anual do Tesouro Prefixado 2026 recuou de 10,09% para 10,06%.

Essas informações são relevantes para os investidores brasileiros, pois demonstram impactos no mercado financeiro e também podem influenciar nas estratégias individuais de investimento. É importante ficar atento aos dados econômicos tanto internacionais quanto nacionais, pois eles podem refletir nas taxas dos títulos públicos e, consequentemente, nas oportunidades de rentabilidade para os investidores.