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Taxas de juros zeram queda e adotam viés de alta após alerta de Campos Neto

Taxas de juros zeram queda e adotam viés de alta após alerta de Campos Neto

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Taxas de juros zeram queda e adotam viés de alta após alerta de Campos Neto

As taxas de juros futuros encerraram a sessão próxima da estabilidade, com uma tendência de alta na maioria dos contratos. O movimento de baixa perdeu força durante a tarde, começando com ajustes técnicos e ganhando força com declarações do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, sobre a área fiscal e as condições de liquidez no exterior, que tornam mais difícil a "lição de casa" dos países emergentes.

Impacto no mercado financeiro

Esse desvio do comportamento dos Treasuries, que até então eram a principal referência para a curva local, aliado ao recuo nos preços do petróleo, teve impactos significativos nas taxas de juros futuros.

Nas primeiras etapas do dia, as taxas estiveram em alta, acompanhando o avanço dos retornos dos Treasuries de longo prazo. No entanto, posteriormente, houve uma queda nos yields. A taxa da T-Note de dez anos fechou em 4,84%. Além disso, a queda no preço do petróleo também ajudou a aliviar a curva local.

Apesar de terem aproveitado a melhora externa para buscar parte dos prêmios embutidos na curva, os investidores recolheram suas fichas no meio da tarde, o que reduziu o fôlego dos DIs. Os players de juros estão cautelosos e com pouco espaço de risco para fazer alocações adicionais.

Alerta de Campos Neto

Em um evento organizado pelo Estadão em parceria com o B3 Bora Investir, Roberto Campos Neto alertou para o aperto da liquidez global, que pode afetar as economias emergentes de forma mais severa, devido aos juros mais altos pagos pelos Estados Unidos.

Ele ressaltou a importância da aprovação no Congresso do pacote enviado pelo governo para elevar as receitas, a fim de reverter o déficit das contas primárias. Campos Neto destacou que a barra ficou mais alta e que é necessário fazer melhor.

Impactos para os investidores brasileiros

Essas declarações de Campos Neto trouxeram um viés de alta para as taxas de juros futuros. Segundo o economista-chefe da Nova Futura Investimentos, Nicolas Borsoi, o presidente do BC parece estar com dúvidas sobre os fatores que podem fazer a inflação cair, o que torna difícil a convergência para a meta.

Campos Neto tem dado atenção ao impacto do "higher for longer" nos países emergentes, o que pode limitar o ciclo de cortes do Banco Central.

Portanto, os investidores brasileiros devem estar atentos a esses movimentos nas taxas de juros futuros, pois eles impactam diretamente nos rendimentos e estratégias de investimentos. É importante acompanhar de perto os próximos passos do Banco Central e as medidas que serão tomadas para lidar com o aperto da liquidez global e as condições econômicas.

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