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Taxas de juros sobem com fala de Lula sobre meta, mas caem no acumulado da semana

Taxas de juros sobem com fala de Lula sobre meta, mas caem no acumulado da semana

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Os juros futuros sobem após declarações de Lula e maior percepção de risco no cenário internacional

As taxas de juros futuros fecharam em alta nesta sexta-feira devido a declarações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e à piora na percepção de risco com o conflito entre Israel e Hamas. Lula mostrou pouca disposição em cumprir a meta de zerar o déficit primário em 2024, definida no arcabouço fiscal, e relativizou o impacto negativo de um déficit entre 0,50% e 0,25% do PIB. Essas declarações afetaram negativamente a confiança dos investidores, gerando uma busca por segurança nos Treasuries.

Impacto no mercado financeiro e para os investidores individuais no Brasil

As declarações de Lula causaram um impacto negativo nos mercados financeiros. Mesmo com a alta nas taxas de juros futuros nesta sexta-feira, ao longo da semana houve uma queda acumulada. As taxas curtas tiveram uma queda de cerca de 10 pontos, enquanto as taxas intermediárias e longas caíram cerca de 25 pontos. Essa volatilidade é reflexo da incerteza gerada pelas declarações do presidente e pela tensão internacional com o conflito em Gaza.

Perspectivas para os mercados e possíveis reações

Apesar das declarações de Lula, os analistas acreditam que os mercados devem se estabilizar nos próximos dias, desde que as declarações não sejam oficializadas ou endossadas por mais pessoas dentro do governo. É comum que o presidente faça "bate e assopra" em suas declarações, e é possível que ele reveja sua posição no futuro. Além disso, a tendência é que eventos no exterior tenham maior impacto nos mercados nos próximos dias.

A importância das metas fiscais para a imagem e credibilidade do país

As declarações de Lula têm um peso maior e negativo para a imagem e credibilidade do país. Mesmo que as projeções dos analistas já apontem para a dificuldade em atingir a meta de déficit zero em 2024, quando o presidente abandona esse objetivo precocemente, os agentes do mercado ficam desconfiados. A avaliação dos investidores é de que o Brasil precisa manter metas fiscais consistentes para garantir a confiança do mercado financeiro e dos investidores.

O impacto do superávit primário em setembro

Apesar das incertezas geradas pelas declarações de Lula, as contas do Governo Central registraram um superávit primário em setembro, aliviando a ponta longa das taxas de juros futuros pela manhã. Após quatro meses no negativo, as contas voltaram a registrar um superávit de R$ 11,548 bilhões, acima das expectativas dos analistas. Esses números indicam uma recuperação das contas públicas, mas ainda é necessário manter o foco na busca pelo déficit zero em 2024.

Fonte: InfoMoney

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