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Tarifa extra vira caminho para evitar problemas com mala de mão

Tarifa extra vira caminho para evitar problemas com mala de mão

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Embarque prioritário: como isso afeta os passageiros e o mercado financeiro?

Em tempos de pós-pandemia, embarcar em um avião se tornou um momento de incerteza nos aeroportos brasileiros. As companhias aéreas têm solicitado aos passageiros que entreguem suas malas antes de entrar na aeronave, a fim de evitar problemas de falta de espaço nos compartimentos de bagagem acima dos assentos. Porém, muitos passageiros não querem se separar de seus itens, especialmente se possuem bens frágeis ou de valor que podem ser danificados se forem jogados no porão sem cuidado.

Essa situação tem gerado uma corrida aos bagageiros, onde quem entra primeiro no avião tem vantagem. E é justamente aí que entra a questão do embarque prioritário, que acaba se tornando um diferencial para quem está disposto a pagar mais. Ao comprar bilhetes de categoria mais alta, como assentos com mais espaço entre as pernas, os passageiros têm direito a embarcar primeiro, o que garante que sua bagagem de mão não precisa ser despachada.

No entanto, esse privilégio tem um custo adicional. Por exemplo, na Gol, um assento na categoria +conforto custa R$ 50 a mais por trecho em um voo São Paulo-Rio, garantindo o embarque prioritário. Já na Azul, a taxa também é de R$ 50 adicionais por uma poltrona do Espaço Azul, no mesmo trecho. Na Latam, bilhetes de categoria extra custam a partir de R$ 100 adicionais. O passageiro pode levar uma bagagem de mão de até 10 kg, mas se optar pela categoria Premium Economy, poderá levar uma mala de até 16 kg, com um aumento significativo no valor da passagem.

Essa realidade tem impacto no mercado financeiro, podendo afetar tanto as companhias aéreas quanto os investidores individuais. A expectativa da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) era que o fim do despacho gratuito de bagagens permitiria às empresas aéreas cobrar menos pelos bilhetes, já que o peso adicional a bordo dos aviões aumenta o consumo de combustível e, consequentemente, os custos operacionais.

Entretanto, dados da própria Anac mostram que a passagem doméstica no Brasil teve um aumento médio de apenas R$ 12 entre o período antes do fim das bagagens gratuitas, em 2015, e abril de 2023. Essa falta de redução dos preços gerou queixas por parte dos consumidores.

Além disso, a venda de embarque prioritário pelas companhias aéreas também é alvo de críticas. Isso porque, na visão de alguns especialistas, todos os passageiros deveriam ter igualdade de oportunidades para acomodar suas bagagens de mão nos compartimentos acima dos assentos. A criação de categorias de embarque prioritário pode gerar uma lógica perigosa de consumidores de segunda classe dentro do mesmo contexto.

Diante desse cenário, é importante que os passageiros estejam atentos às regras estabelecidas pelas companhias aéreas e à possibilidade de ter que despachar suas bagagens de mão, caso elas estejam fora das especificações de peso e tamanho. É recomendado também buscar alternativas, como embarcar com no máximo dois volumes (um item pessoal e uma bagagem de mão) e, se necessário, despachar antecipadamente os volumes excedentes.

Para os investidores, é relevante acompanhar as políticas e estratégias das companhias aéreas no que diz respeito ao embarque prioritário e ao despacho de bagagens. Esses aspectos podem ter impacto na experiência do cliente, na satisfação dos consumidores e, consequentemente, nos resultados financeiros das empresas.

Em resumo, o embarque prioritário nas companhias aéreas tem gerado questionamentos e impactos tanto para os passageiros como para o mercado financeiro. É fundamental ficar atento às regras das empresas e buscar alternativas para evitar problemas no momento de embarcar.

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