Spread médio no crédito livre cai para 30,7 pontos porcentuais em outubro, diz BC
05/12/2023O spread bancário apresenta queda em outubro
O Banco Central divulgou hoje dados mostrando que o spread médio nas operações de crédito livre teve uma redução em outubro. O spread bancário é calculado a partir da diferença entre o custo de captação dos bancos e o valor efetivamente cobrado dos clientes finais, ou seja, famílias e empresas, nas operações de crédito.
Queda no segmento pessoa física e pessoa jurídica
No segmento pessoa física, o spread passou de 45,8 pontos porcentuais em setembro para 43,7 pontos porcentuais em outubro. Já no segmento pessoa jurídica, a redução foi mais leve, indo de 11,7 para 11,6 pontos porcentuais nesse período.
Impactos no mercado financeiro e para os investidores
Essa redução no spread bancário pode ter impactos positivos tanto no mercado financeiro quanto para os investidores individuais no Brasil. Uma menor taxa de spread significa que os custos do crédito estão diminuindo, o que pode incentivar o consumo e os investimentos.
Para o mercado financeiro, isso pode ser um sinal de que as instituições estão conseguindo reduzir seus custos de captação de recursos, o que pode ser favorável para a rentabilidade dos bancos. Além disso, uma queda no spread pode indicar maior confiança das instituições financeiras na capacidade de pagamento dos clientes, o que contribui para a redução da inadimplência.
Já para os investidores individuais, uma redução no spread pode significar melhores condições para obtenção de empréstimos e financiamentos, além de taxas de juros mais baixas. Isso pode ser interessante tanto para quem busca expandir seus negócios quanto para quem pretende realizar investimentos no mercado imobiliário, por exemplo.
Taxa de inadimplência se mantém estável
Em relação à taxa de inadimplência nas operações de crédito, o Banco Central informou que houve poucas variações entre setembro e outubro. A taxa de inadimplência nas operações de crédito livre passou de 4,8% para 4,9% nesse período.
No segmento pessoa física, a taxa de inadimplência se manteve estável em 5,9%, enquanto no segmento pessoa jurídica, a variação foi de 3,4% para 3,5%.
Endividamento das famílias apresenta leve queda
O endividamento das famílias brasileiras com o sistema financeiro teve uma leve queda em setembro. O percentual de endividamento fechou o mês em 47,7%, menor do que os 48,0% registrados em agosto. O recorde ocorreu em julho de 2022, com 50,1%.
Descontando as dívidas imobiliárias, o endividamento apresentou um percentual de 30,2% em setembro, em comparação com os 30,4% de agosto.
Cabe destacar que setembro foi o terceiro mês do programa federal de renegociação de dívidas Desenrola. O programa permitiu a renegociação de dívidas bancárias de consumidores que ganham até R$ 20 mil mensais, sem garantia do Tesouro Nacional.
Comprometimento de renda das famílias apresenta leve queda
Em relação ao comprometimento de renda das famílias com o Sistema Financeiro Nacional (SFN), houve uma leve queda em setembro. O percentual passou de 27,5% em agosto para 27,4% no mês seguinte.
Descontando os empréstimos imobiliários, o comprometimento da renda teve uma redução de 25,4% em agosto para 25,3% em setembro.
Conclusão
A redução do spread bancário nas operações de crédito livre em outubro traz perspectivas positivas para o mercado financeiro e para os investidores individuais no Brasil. Essa queda pode resultar em melhores condições de crédito, estimulando o consumo, os investimentos e contribuindo para a redução da inadimplência.
Além disso, o endividamento das famílias apresentou uma leve queda em setembro, assim como o comprometimento da renda. Esses indicadores também são importantes para acompanhar o cenário econômico e financeiro do país.
Como sempre, é importante que os investidores estejam atentos às condições e taxas oferecidas pelo mercado, para que possam fazer escolhas conscientes e favoráveis aos seus objetivos financeiros.