Sindicato de trabalhadores dos EUA fecha acordos com montadoras para produção de carro elétrico

Grandes indústrias de veículos nos Estados Unidos estão planejando fabricar novos modelos de veículos elétricos como parte dos acordos firmados com o sindicato dos trabalhadores dessas empresas, o United Auto Workers (UAW). Esses acordos envolvem pelo menos 15 novos projetos de carros movidos por baterias, sendo 6 pela Stellantis, 6 pela General Motors e 3 pela Ford.

Os acordos firmados com o UAW incluem medidas para elevar os salários dos trabalhadores, aumentar a concessão de benefícios e melhorar as condições de segurança nas fábricas. Cerca de 146 mil metalúrgicos sindicalizados votarão se aceitam ou não os acordos firmados pelo sindicato com as empresas nas próximas duas semanas.

É importante destacar que operários de dez plantas da Ford já aceitaram de forma maciça os detalhes desses entendimentos formais, que terão validade até abril de 2028. Segundo as lideranças do UAW, esses acordos são considerados bem-sucedidos, uma vez que a produção de novos modelos de veículos elétricos significa a preservação de milhares de empregos e a possibilidade de criação de mais postos de trabalho.

No entanto, ainda não é possível prever o número exato de empregos que serão gerados, uma vez que isso depende da velocidade da transição nos EUA do uso de veículos com motor de combustão para os movidos por baterias elétricas. No entanto, as três indústrias presentes no país estabeleceram metas que levarão os automóveis elétricos a representar quase metade dos veículos que produzirão até 2030.

A UAW divulgou alguns exemplos das novas linhas de produção. A Stellantis terá uma fábrica de baterias elétricas em Belvidere, Illinois, que criará 1.300 postos de trabalho. A Ford, por sua vez, concordou em investir US$ 8,1 bilhões adicionais em suas instalações, recursos que serão destinados inclusive à produção de três veículos elétricos, incluindo um novo caminhão elétrico que será fabricado no complexo industrial em Dearborn, Michigan. Quanto à General Motors, a planta em Spring Hill, Tennessee, fabricará um novo veículo elétrico em parceria com outra montadora, provavelmente a Honda.

Em resumo, os acordos firmados entre montadoras e o sindicato de trabalhadores dos EUA para a produção de carros elétricos representam uma importante transição na indústria automotiva. Além de impulsionar o mercado de veículos elétricos, esses acordos têm o potencial de gerar mais empregos e promover melhorias nas condições de trabalho para os trabalhadores. No Brasil, o impacto desse avanço pode ser sentido no mercado financeiro, com possíveis oportunidades de investimento em empresas do setor automotivo que atuam na produção de veículos elétricos.