Seis são presos por suspeita de conspiração para impedir abertura da Bolsa de Londres

Nesta segunda-feira (15), a Polícia Metropolitana de Londres prendeu seis ativistas pró-palestinos suspeitos de conspiração para impedir a abertura da Bolsa de Valores de Londres (LSE). Segundo a polícia, o grupo planejava atacar o prédio da bolsa, causando danos e se "trancando" no local. A ação se assemelha às táticas usadas por ativistas ambientais.

É importante ressaltar que a Bolsa de Valores de Londres não possui negociação presencial, o que significa que as movimentações do mercado financeiro não foram diretamente afetadas pela ação planejada pelos ativistas. A própria bolsa preferiu não comentar o ocorrido.

Um homem de 31 anos foi preso em Liverpool sob suspeita de conspiração para causar danos patrimoniais, enquanto outras cinco pessoas foram detidas em Liverpool, Londres e Brighton, todas suspeitas de fazer parte da mesma conspiração. A superintendente detetive Sian Thomas, da Polícia Metropolitana de Londres, destacou a gravidade das prisões, afirmando que o grupo pretendia realizar uma ação perturbadora e danosa com potenciais implicações sérias.

A Palestine Action, grupo ao qual os ativistas estão ligados, tem histórico de utilizar ação direta para perturbar multinacionais de armas. Nos últimos anos, eles têm direcionado seus protestos para empresas que fornecem material bélico usado no conflito entre Israel e Palestina.

As informações sobre os protestos foram obtidas pelo jornal Daily Express, que notificou a polícia sobre os planos dos ativistas de impedir a entrada de trabalhadores na Bolsa de Valores. Com as prisões realizadas no domingo (14), a polícia acredita ter impedido qualquer possibilidade de perturbação.

A polícia da City de Londres também intensificará sua presença na região nesta segunda-feira, para garantir a segurança no entorno da Bolsa de Londres. O protesto planejado para hoje seria o início de uma "semana de ação" da Palestine Action, cujos detalhes ainda estão sendo coletados pela polícia.

Por fim, é válido mencionar que dezenas de milhares de pessoas marcharam no sábado (13) pelo centro de Londres em manifestações pedindo o fim da ofensiva de Israel na Faixa de Gaza. O conflito na região já resultou na morte de mais de 2300 palestinos desde 7 de outubro.