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Seca histórica no Amazonas custou R$ 1 bi a mais para indústria e reduziu importações

Seca histórica no Amazonas custou R$ 1 bi a mais para indústria e reduziu importações

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Seca histórica no Amazonas custou R$ 1 bi a mais para indústria e reduziu importações

Nos meses de outubro e novembro do ano passado, o estado do Amazonas enfrentou uma seca histórica que resultou em custos extras de R$ 1,4 bilhão para as indústrias e uma redução significativa das importações. O rio Negro atingiu o menor nível em mais de um século, o que dificultou o transporte de insumos e produtos finais. De acordo com dados do ComexStat, houve uma queda de 83% na importação pelo modal aquaviário do Amazonas durante a seca. Isso levou as indústrias a recorrerem a modos alternativos de transporte, como aviões e caminhões, que são mais caros.

Essa diminuição na navegação fluvial está diretamente relacionada aos custos extras enfrentados pelas empresas. A maioria dos produtos importados e exportados no Amazonas é transportada por navios, porém, devido à baixa do nível dos rios, foi necessário buscar alternativas mais custosas. O transporte aéreo teve um aumento de 9% durante a seca, enquanto o transporte aquaviário registrou uma redução de 73,82%. Esses custos adicionais impactaram negativamente a indústria no estado, que teve uma queda de 5,7% em comparação ao mesmo período de 2022.

Além disso, a seca também teve reflexos nos preços ao consumidor. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontou que a falta de chuvas contribuiu para o aumento no preço dos aparelhos de ar-condicionado no final do ano passado. O preço desses eletrodomésticos subiu 13,97% no acumulado de 2023 até novembro, de acordo com o IPCA.

Apesar do início das chuvas e do aumento do nível dos rios, o Amazonas ainda não se recuperou totalmente. Os 62 municípios do estado continuam em estado de emergência, de acordo com o boletim mais recente. Diante desse cenário, o coordenador da comissão de logística do Centro de Indústria do Estado do Amazonas (Cieam), Augusto César Rocha, ressalta a importância de investimentos por parte do poder público para evitar que a situação se repita este ano.

Rocha destaca a necessidade de alternativas de transporte para os produtos que chegam e saem do Amazonas. Uma das sugestões é a recuperação da BR-319, que liga Manaus a Porto Velho, em Rondônia. No entanto, o especialista ressalta a importância de que a rodovia seja monitorada e protegida para evitar danos à floresta amazônica.

Em resumo, a seca histórica enfrentada pelo Amazonas no final de 2023 resultou em custos extras de R$ 1,4 bilhão para as indústrias e uma redução significativa das importações. Esses custos e a diminuição na atividade industrial tiveram impacto negativo no desempenho da economia no estado. O aumento dos preços ao consumidor, em especial dos aparelhos de ar-condicionado, também foi observado durante esse período. Diante desse cenário, são necessários investimentos públicos e alternativas de transporte para evitar que a situação se repita no futuro.

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