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“Rouba-monte” na previdência privada: portabilidade de plano de aposentadoria atinge R$ 12,6 bi

“Rouba-monte” na previdência privada: portabilidade de plano de aposentadoria atinge R$ 12,6 bi

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"Rouba-monte" na previdência privada: portabilidade de plano de aposentadoria atinge R$ 12,6 bi

A indústria de fundos de previdência abertos está passando por mudanças significativas devido ao aumento da competição e ao maior conhecimento financeiro dos investidores. Isso tem gerado uma verdadeira disputa de "rouba-monte" entre entidades independentes e instituições ligadas a bancos.

De acordo com um estudo realizado pela fintech Pluggy, entre janeiro e setembro deste ano, as instituições desse ramo atingiram R$ 12,6 bilhões em captações líquidas provenientes exclusivamente de transferências de planos de previdência privada abertos, ou seja, por meio da portabilidade. Esse jogo bilionário é impulsionado pelo processo de migração, isento de Imposto de Renda para o investidor.

Nesse cenário, a liderança em depósitos líquidos obtidos com portabilidade é da XP, seguida por Itaú e BTG. Essas três casas acumularam R$ 12,4 bilhões, o que corresponde a mais de 99% do total, mostrando a força desse trio em relação às outras instituições.

A XP vem se destacando nesse mercado, graças à quantidade de agentes autônomos que trabalham com a marca, bem como à criação de ferramentas personalizadas que facilitam o monitoramento dos investimentos em previdência. Segundo Amancio Paladino, diretor de produtos da XP Vida e Previdência, atualmente, 80% dos recursos sob gestão da XP vieram de portabilidade, o que evidencia o sucesso dessa estratégia.

É importante ressaltar que a XP atua como marketplace, permitindo que outras seguradoras participem dessa captação como grupo, o que também contribui para os bons resultados obtidos pela instituição.

Outro ponto a ser destacado é o crescimento de players menores nesse mercado. Victor Braga, cofundador da Pluggy, chama atenção para o caso da Vinci, que começou a receber portabilidade em maio deste ano e viu o volume de captação por essa via mais do que dobrar em apenas quatro meses. Esse crescimento demonstra a abertura das entidades em discutir a utilização de novas tecnologias, com foco em simplificar os processos, como o Open Finance utilizado para a portabilidade de previdência.

A Pluggy, por exemplo, lançou uma solução que permite o compartilhamento de informações entre entidades financeiras e empresas que oferecem planos de previdência. Isso proporciona uma melhor experiência ao cliente, que tem acesso a mais dados e pode comparar a rentabilidade e a taxa de administração de outros fundos com o plano que possui atualmente, possibilitando solicitar a portabilidade diretamente pela plataforma.

Essas mudanças na indústria de fundos de previdência abertos têm impactos significativos no mercado financeiro e para os investidores individuais no Brasil. A competição acirrada entre as instituições aumenta a oferta de produtos e serviços, tanto em termos de rentabilidade quanto de taxas de administração. Isso é benéfico para os investidores, pois possibilita a busca por melhores opções e a transferência de recursos de forma mais vantajosa.

Portanto, o aumento da portabilidade de planos de aposentadoria, o surgimento de novos players e o uso de novas tecnologias nesse mercado são tendências que beneficiam os investidores brasileiros, proporcionando mais opções e melhorias nos produtos e serviços oferecidos na área de previdência privada.

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