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Responsável pela mina de Maceió, Braskem pode ser vendida; entenda

Responsável pela mina de Maceió, Braskem pode ser vendida; entenda

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Braskem, responsável pela mina do colapso em Maceió, pode ser vendida

A Braskem, empresa responsável pela mina que entrou em colapso em Maceió, tem chamado a atenção do mercado há algum tempo devido à possibilidade de venda. A petroquímica é controlada pela Novonor (antiga Odebrecht) em parceria com a Petrobras, e possui um faturamento anual de R$ 96 bilhões.

A necessidade de negociar a Braskem se intensificou depois que a Odebrecht passou por dificuldades financeiras decorrentes dos escândalos relacionados à Operação Lava Jato. A empresa entrou em recuperação judicial com uma dívida de R$ 98,5 bilhões, o maior caso desse tipo no país até então. Para se recuperar, a Odebrecht precisa se desfazer de ativos, e a Braskem é uma das principais opções.

A crise enfrentada pela Odebrecht levou ao uso das ações da Braskem como garantia para empréstimos de aproximadamente R$ 14 bilhões junto a bancos como Santander, Banco do Brasil, BNDES, Bradesco e Itaú. No entanto, a venda da Braskem teve um obstáculo quando o conglomerado holandês LyondellBasell, que havia demonstrado interesse na aquisição, recuou em junho de 2019, citando uma análise cuidadosa de riscos.

Essa desistência ocorreu logo após o Ministério Público Federal de Alagoas mover uma ação civil pública contra a Braskem, suas controladoras e órgãos reguladores envolvidos na fiscalização das atividades nas minas de Maceió. O processo tem um valor atual de R$ 27,6 bilhões. A disputa sobre a estratégia de venda da petroquímica se estabeleceu entre a Odebrecht e a Petrobras, sendo que enquanto a Petrobras buscava se desfazer dos ativos, a Odebrecht procurava valorizá-los antes da negociação.

Recentemente, a empresa petrolífera de Abu Dhabi, a Adnoc, propôs adquirir a parcela da Novonor no negócio, oferecendo R$ 10,5 bilhões. Além disso, a Petrobras considera expandir sua participação na Braskem, agora com mudanças no governo. A Unipar e a J&F também apresentaram propostas para a compra, mas sem avanços concretos.

Atualmente, a Braskem está avaliada em cerca de R$ 14,2 bilhões na bolsa. No entanto, a crise ambiental em Maceió pode complicar ainda mais a venda da empresa.

Assim, a situação da Braskem segue incerta, com implicações interessantes para o mercado financeiro e para os investidores individuais no Brasil. A venda da empresa pode afetar o valor de suas ações e pode gerar oportunidades para investidores interessados em ativos desse setor. O desfecho dessa negociação terá um grande impacto tanto para a Odebrecht quanto para a Petrobras, definindo o futuro da Braskem e influenciando o mercado de petroquímicos no país. Ficaremos atentos aos próximos desdobramentos e suas consequências.

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