Renault defende volta de imposto de importação para carros elétricos

O presidente da Renault do Brasil, Ricardo Gondo, defendeu a volta do imposto de importação para veículos elétricos, que atualmente é zerado. Além disso, ele também propôs o fim do regime especial para o Nordeste e o Centro-Oeste, que beneficia empresas como Stellantis, Caoa Chery e HPE/Mitsubishi. Essas medidas, segundo Gondo, visam garantir uma isonomia nas operações das empresas do setor automotivo, especialmente em relação aos impostos federais.

Impacto no setor automotivo brasileiro

Atualmente, o regime especial concedido ao Nordeste e ao Centro-Oeste permite que as empresas recebam créditos de Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), o que garante uma vantagem de cerca de 20% nos preços dos veículos fabricados nesses locais. A proposta de Gondo é acabar com esse benefício e garantir um tratamento fiscal igualitário a todas as montadoras.

Novo plano de investimento da Renault

Além das propostas em relação aos impostos, a Renault também planeja anunciar em breve um novo plano de investimento no Brasil. O último, de R$ 2 bilhões, iniciado em 2022, será concluído este ano com o lançamento do utilitário-esportivo (SUV) Kardian. O próximo plano de investimento incluirá os gastos para a produção do primeiro híbrido flex da marca.

Opiniões divergentes sobre as propostas

As propostas de Gondo estão alinhadas com as reivindicações de outras grandes montadoras, como General Motors, Volkswagen e Toyota, que também têm se encontrado com representantes do governo para discutir o assunto. Entretanto, as opiniões são divergentes. Enquanto as montadoras defendem a volta do imposto de importação, empresários como o diretor de vendas da GWM argumentam que não é o momento certo para essa medida. Ele destaca a importância de acompanhar o movimento de colocar no mercado produtos com alta tecnologia e preços competitivos, para não correr o risco de fechar as portas.

Possíveis impactos no mercado financeiro e nos investidores individuais

A volta do imposto de importação para veículos elétricos, caso seja aprovada, pode ter impactos no mercado automotivo e na concorrência entre as montadoras. Aqueles que já produzem veículos no Brasil, como as montadoras chinesas que estão construindo fábricas locais, podem ser beneficiadas com cotas para importação sem impostos, de acordo com o volume de produção.

Para os investidores individuais, essas mudanças podem influenciar o desempenho das empresas do setor automotivo na Bolsa de Valores. É importante acompanhar de perto as notícias e os possíveis desdobramentos dessas propostas, pois elas podem afetar o valor das ações das montadoras e, consequentemente, o retorno dos investimentos.

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