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Reduflação: por que produtos menores com preços iguais vieram para ficar

Reduflação: por que produtos menores com preços iguais vieram para ficar

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Reduflação: por que produtos menores com preços iguais vieram para ficar

A reduflação, prática de reduzir o tamanho de produtos mantendo o preço inalterado, vem se tornando cada vez mais comum. A economia global enfrenta desafios como o aumento dos custos das matérias-primas, atrasos na cadeia de abastecimento e salários mais altos após a pandemia. E os consumidores estão sentindo no bolso o impacto desses aumentos de custo de produção. Embalagens de papel higiênico e pacotes de salgadinhos são apenas alguns exemplos da reduflação, que ocorre principalmente durante períodos de inflação.

Recentemente, o supermercado Carrefour, na França, chamou a atenção ao alertar os consumidores sobre a diminuição do tamanho das embalagens sem correspondente redução de preço. Esse fenômeno não é novo e tem sido observado em todo o mundo. Os consumidores estão percebendo essas mudanças e, naturalmente, não estão satisfeitos, especialmente porque seu poder de compra está sendo afetado pela inflação.

A prática da reduflação é uma estratégia utilizada pelas empresas para aumentar os preços de forma menos perceptível para os consumidores. Estudos mostram que os consumidores tendem a notar mais os aumentos de preço do que as reduções de tamanho dos produtos. Isso significa que, mesmo quando a inflação diminui, é improvável que os produtos voltem ao tamanho original. As empresas aproveitam a oportunidade para diminuir os produtos e manter o mesmo preço, ou até mesmo aumentá-lo.

Embora os consumidores possam não perceber imediatamente as mudanças, elas ocorrem gradualmente. Por exemplo, uma bebida que costumava ser vendida em uma garrafa de 300ml pode passar a ser oferecida pelo mesmo preço, mas com apenas 200ml. Uma vez que os novos tamanhos chegam às prateleiras, tendem a permanecer dessa forma. Isso acontece porque os consumidores muitas vezes não têm escolha e precisam se adaptar às mudanças.

Quando se trata de marcas próprias dos supermercados, a fidelidade à marca costuma cair durante períodos de reduflação. Os consumidores acabam optando por produtos com menor valor. No entanto, quando se trata de produtos essenciais, os consumidores podem não ter alternativas. Por exemplo, uma família que depende de fórmula para bebês pode não ter opções além do produto oferecido pela loja.

É importante ressaltar que mesmo quando a inflação diminui, os tamanhos dos produtos geralmente não voltam ao que eram antes. Em vez disso, surge um novo fenômeno: os fabricantes lançam versões novas e maiores dos produtos, muitas vezes com nomes chamativos. Essas novas versões são vendidas a um custo mais alto. Por exemplo, embalagens de salgadinhos continuam diminuindo mesmo durante a contração da inflação. Em resposta a essa mudança, a empresa Lay's, da PepsiCo, lançou um pacote maior com um novo nome, "Party Size", por um preço mais alto.

A reduflação é um golpe no bolso dos consumidores, uma vez que os preços dos produtos geralmente não diminuem com a inflação. Portanto, é fundamental que os consumidores estejam atentos aos preços e não caiam nessa armadilha. Infelizmente, parece que a prática da reduflação veio para ficar, e os consumidores precisam se manter vigilantes para garantir que não sejam prejudicados.

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