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Quem é a empresa que fabrica a tampa da porta que se soltou em pleno voo

Quem é a empresa que fabrica a tampa da porta que se soltou em pleno voo

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Quem é a empresa que fabrica a tampa da porta que se soltou em pleno voo

No último dia 5 de março, um incidente com o avião 737 Max 9 chamou a atenção para a Spirit AeroSystems, uma das maiores fornecedoras da fabricante de aviões Boeing. A empresa é responsável pela construção de diversas estruturas de aeronaves, incluindo as fuselagens do 737 Max, além de outros componentes para a Boeing e para sua concorrente europeia Airbus.

O destaque do incidente foi a tampa da porta que se soltou do avião da Alaska Airlines na sexta-feira. A peça, que pesa cerca de 27 kg e tem aproximadamente 1,2m de comprimento, foi encontrada na noite de domingo. Especialistas técnicos do Conselho Nacional de Segurança dos Transportes dos EUA estão investigando o ocorrido.

No primeiro dia de negociação após o incidente, as ações da Spirit AeroSystems apresentaram queda no mercado financeiro. A empresa emitiu seu primeiro comunicado, enfatizando a importância da qualidade e integridade de seus produtos, além de informar que está colaborando com a Boeing na investigação do incidente.

Apesar de ainda ser cedo para chegar a conclusões sobre as causas do acidente, especialistas em aviação observam que é possível que tenha havido um erro de montagem da Boeing, um problema de fabricação da Spirit ou outra falha. A Boeing se recusou a comentar se as portas plug-in instaladas pela Spirit foram removidas e reinstaladas durante a montagem final.

A relação entre a Spirit AeroSystems e a Boeing tem sido marcada por conflitos de preços e questões trabalhistas. A empresa tem enfrentado problemas de controle de qualidade e inflação crescente, o que resultou em redução de contratos de preço fixo. Desde 2019, a Spirit não tem obtido lucro e registrou um prejuízo líquido de US$ 546 milhões em 2022, mesmo com vendas que superaram US$ 5 bilhões.

Em outubro passado, o CEO da Spirit, Tom Gentile, deixou o cargo e foi substituído interinamente por Patrick Shanahan, que trabalhou por 31 anos na Boeing. Shanahan já renegociou um acordo com a Boeing, buscando melhores preços para o trabalho da Spirit nos aviões 737 e 787.

Após o incidente, as companhias aéreas United Airlines e Alaska Airlines realizaram inspeções nos aviões 737 Max 9 e nos painéis de fuselagem. Um acordo entre a Spirit e a Boeing determina que a primeira deve aumentar sua equipe de engenharia e controle de qualidade, além de manter estoque de segurança para o funcionamento do 737. O acordo também prevê que qualquer mudança de controle na empresa seja acordada pela Boeing.

Analistas acreditam que a relação de confiança entre Patrick Shanahan e a Boeing pode ser crucial para a Spirit AeroSystems resolver seus problemas e superar a crise atual. A experiência de Shanahan na produção e conhecimento da Boeing são fatores importantes nesse processo.

Portanto, é importante acompanhar as investigações sobre o incidente e o desempenho da Spirit AeroSystems nos próximos meses, pois as conclusões e as ações tomadas impactarão tanto a empresa quanto o mercado financeiro e os investidores individuais no Brasil.

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