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Quase 30 companhias listadas na Bolsa trocaram de CEO em 2023: entenda os motivos

Quase 30 companhias listadas na Bolsa trocaram de CEO em 2023: entenda os motivos

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Quase 30 companhias listadas na Bolsa trocaram de CEO em 2023: entenda os motivos

O ano de 2023 foi marcado por uma intensa troca de líderes nas empresas brasileiras listadas na Bolsa de Valores. De acordo com o IM Business, pelo menos 28 companhias anunciaram a chegada de novos CEOs ao longo do ano. Essas mudanças ocorreram em empresas de diferentes setores e tamanhos, e foram motivadas por uma série de fatores.

Impacto negativo do ciclo de alta de juros

Uma das principais razões para as mudanças nos altos comandos das empresas é o impacto negativo do ciclo de alta de juros do Banco Central. A taxa Selic subiu para 13,75% em agosto de 2022 e permaneceu nesse patamar até junho de 2023. Isso afetou principalmente as dívidas das empresas, que viram suas receitas crescendo pouco e enfrentaram pressão de custos.

Pressão dos investidores por melhores resultados

Além do impacto do ciclo de alta de juros, as trocas de CEO também são uma resposta à pressão dos investidores por melhores resultados. Segundo Flávio Conde, analista da Levante Ideias de Investimentos, as empresas estão mais preocupadas com o resultado final e estão mais abertas a ouvir o mercado. Essa pressão por melhores resultados foi, por exemplo, um dos motivos para a saída de Octavio de Lazari Junior da presidência do Bradesco.

Reflexo das dificuldades das empresas no mercado

Algumas empresas que trocaram de CEO em 2023 enfrentam dificuldades em alcançar o desempenho de seus concorrentes e lidar com problemas financeiros. É o caso do Bradesco, que está com dificuldades para competir com o Itaú e o Banco do Brasil. No terceiro trimestre de 2023, o retorno sobre patrimônio líquido do Bradesco ficou em 11,3%, enquanto o do Itaú e do BB foi de 21,1% e 21,3%, respectivamente. Essas dificuldades levaram à saída de Octavio de Lazari Junior e à implementação de um plano de reestruturação.

Casos emblemáticos de troca de CEOs

Algumas empresas tiveram trocas de CEO que chamaram mais atenção. Na Alpargatas, por exemplo, o conselho de administração escolheu Liel Miranda, da Mondelez Brasil, para ocupar a posição de presidente da companhia. Na Americanas, Sergio Rial assumiu a cadeira de CEO no início de 2023, mas sua permanência durou menos de duas semanas devido ao rombo bilionário nas contas da varejista. Na Gafisa, Henrique Blecher foi diretor-presidente por apenas quatro meses.

Expectativas para o futuro das empresas

Com todas essas mudanças na liderança das empresas, 2024 pode ser um ano chave para a "inversão de marcha operacional" de algumas companhias. É o caso do Bradesco, que espera que as novas mudanças no quadro de executivos ajudem a melhorar seu desempenho. Na Americanas, a chegada de Leonardo Coelho Pereira como CEO viabilizou a aprovação de um plano de recuperação judicial junto aos credores.

Em resumo, o ano de 2023 foi marcado por uma grande movimentação nos altos comandos das empresas brasileiras listadas na Bolsa de Valores. Essas mudanças foram motivadas pelo impacto negativo do ciclo de alta de juros, pressão dos investidores por melhores resultados e dificuldades financeiras enfrentadas por algumas companhias. O futuro dessas empresas agora está nas mãos dos novos CEOs, que terão o desafio de reverter a situação e buscar resultados melhores.

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