PT, ricos, ministros e Congresso querem azedar o clima na economia
01/09/2023Brasil se prepara para enfrentar desafios econômicos no segundo semestre
O final de julho trouxe uma certa euforia para o cenário econômico brasileiro, com algumas vitórias e acertos do Congresso. No entanto, a primavera se aproxima trazendo desafios e incertezas. O governo, a classe política, os ricos e até mesmo a situação externa não estão favorecendo um ambiente econômico favorável. A pequena melhora observada até então era apenas um alívio temporário e, mesmo assim, permitiu algumas expectativas de crescimento de pouco mais de 2% ao ano durante 3 anos e uma possível resolução de problemas crônicos como a tributação.
Um dos fatores que contribuíram para esse cenário é a nova lei de gastos conhecida como "arcabouço fiscal", que embora não seja perfeita, impediu a deterioração imediata da situação macroeconômica. Além disso, o prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, conquistou algumas vitórias em disputas judiciais que emperravam o aumento da arrecadação. No geral, as condições financeiras tiveram uma melhora, com a queda das taxas de juros a longo prazo e até mesmo as agências de rating deram um pequeno ponto positivo para a nota de crédito do Brasil.
Porém, em agosto houve uma piora nesse cenário, principalmente devido à situação da economia dos países ricos, principalmente os Estados Unidos. Além disso, o Congresso brasileiro aprovou medidas que reduzem as contribuições de empresas e algumas prefeituras para o INSS, gerando um maior déficit nas contas do governo. A Reforma Tributária também corre o risco de não ser aprovada, pois está carregada de favores para determinados setores.
Os mais ricos resistem ao aumento de impostos sobre lucros, fundos exclusivos e dinheiro no exterior. As taxas de juros a longo prazo também pararam de cair ou até mesmo subiram, o que impacta no custo de financiamento da dívida do governo. Além disso, a receita do governo está diminuindo rapidamente, devido à desaceleração da economia e à queda nos preços do petróleo.
A meta de déficit primário zero em 2024 é algo que precisa ser mantido pelo governo, mesmo que não seja uma tarefa fácil de cumprir. Caso contrário, há consequências graves. Para alcançar essa meta, o governo precisará aumentar impostos e encontrar formas de conter gastos. É necessário reavaliar os gastos com saúde e educação, que estão atrelados à receita, e também buscar uma racionalização das despesas. Vale ressaltar que a reforma econômica do país ainda está no início e é preciso cautela para evitar exageros nos gastos.
Dessa forma, fica claro que a ressaca econômica causada pela falta de planejamento e medidas irresponsáveis pode ser prejudicial para o país. É importante ter consciência dos desafios que estão por vir e buscar um equilíbrio entre as necessidades do governo e do mercado financeiro, garantindo a estabilidade e o crescimento sustentável da economia brasileira.