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Projeções para o “pico do petróleo” fracassam desde o século passado

Projeções para o “pico do petróleo” fracassam desde o século passado

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Projeções para o "pico do petróleo" fracassam desde o século passado

No cenário atual, com notícias constantes sobre grandes investimentos em fontes de energia renováveis, o consumo global de petróleo continua a crescer e atinge o maior nível da história, segundo a Agência Internacional de Energia (AIE). De acordo com dados de julho, o consumo diário de petróleo chega a 103 milhões de barris. Essa realidade traz incertezas quanto às projeções sobre a demanda futura.

Historicamente, ocorreram diversos equívocos em relação às previsões sobre o "pico do petróleo", que representa o momento em que a produção global atinge seu ponto máximo e começa a declinar. Um exemplo desse erro foi em 2004, quando a Associação para o Estudo do Pico do Petróleo e Gás (Aspo) previa que o pico seria alcançado em 2005, com uma produção diária de 64 milhões de barris. Segundo a organização, em 2020 a produção global já estaria em declínio, atingindo 43 milhões de barris diários devido ao esgotamento das reservas.

Por outro lado, a Administração de Informações de Energia do governo norte-americano (EIA) adotou uma metodologia menos restritiva em sua projeção feita em 2003. Os principais cenários apontavam o pico do petróleo para 2030 ou além. Em contraste com a Aspo, a EIA considerou uma maior proporção de petróleo recuperável nas reservas.

Essas projeções se basearam na metodologia do geólogo norte-americano Marion King Hubbert, que trabalhava na Shell. Na década de 1950, ele previu que o pico da produção petrolífera nos Estados Unidos seria atingido entre o final dos anos 1960 e o início dos anos 1970. Hubbert acertou em sua previsão inicial, mas não esperava pela revolução do óleo de xisto, que impulsionou novamente a produção na última década e meia.

Em julho de 2020, os Estados Unidos produziram 12,991 milhões de barris de petróleo por dia, conforme a EIA, ficando apenas 9 mil barris abaixo do recorde histórico de 13 milhões alcançado em novembro de 2019, antes da pandemia.

Diante desses fatos, fica claro que as previsões sobre o pico do petróleo falharam repetidas vezes ao longo do século passado. A chegada de novas tecnologias e descobertas de reservas adicionais mudaram o cenário, tornando incertos os prognósticos sobre a oferta e a demanda de petróleo no futuro.

Essa situação tem impactos relevantes no mercado financeiro e nos investidores individuais no Brasil. A variação na oferta e no consumo de petróleo pode influenciar diretamente o preço do barril no mercado internacional, afetando, por exemplo, o desempenho de empresas do setor petrolífero e os rendimentos de investimentos em petróleo. Portanto, é fundamental que os investidores acompanhem de perto as mudanças e tendências do mercado energético global para tomar decisões informadas e estratégicas.

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