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Programa de depreciação acelerada pode resultar em capex adicional de R$20 bilhões

Programa de depreciação acelerada pode resultar em capex adicional de R$20 bilhões

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Programa de depreciação acelerada pode resultar em capex adicional de R$20 bilhões

O Projeto de Lei (PL) da depreciação acelerada, encaminhado ao Congresso pelo governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, pode trazer um investimento adicional de R$ 20 bilhões para o país. Essa é a estimativa dos analistas do Bradesco BBI, que afirmam que a proposta pode incentivar a modernização do parque fabril brasileiro em 2024.

Incentivo à compra de máquinas e equipamentos novos

O PL prevê, inicialmente, um investimento de R$ 3,4 bilhões para o programa, com o objetivo de estimular a compra de máquinas, equipamentos, aparelhos e instrumentos novos. O vice-presidente e ministro do MDIC, Geraldo Alckmin, destacou que a iniciativa busca aumentar a produtividade, a competitividade e a eficiência industrial, além de estimular investimentos.

Modificações no projeto

Segundo a equipe do Bradesco BBI, o projeto enviado ao Congresso possui modificações relevantes em comparação com o programa preliminar. Inicialmente, a expectativa era depreciar totalmente o capex em um ano, mas a proposta atual sugere que isso seja feito em dois anos. Mesmo assim, os analistas acreditam que o limite de R$ 3,4 bilhões em benefícios fiscais para o programa pode resultar em R$ 20 bilhões em investimentos adicionais.

Redução da disparidade de produtividade

De acordo com os analistas do Bradesco BBI, mesmo que o programa resulte em um efeito de pré-compra, é necessário aumentar os investimentos no setor industrial brasileiro para reduzir a disparidade de produtividade em relação aos Estados Unidos. A Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) informou que o setor investiu cerca de R$ 120 bilhões em 2021, sendo necessário elevar esse valor para R$ 456 bilhões em um período de 7 a 10 anos.

Como funciona a depreciação acelerada

A depreciação acelerada é um mecanismo que permite às empresas anteciparem o abatimento do valor de bens de capital nas declarações futuras de Imposto de Renda de Pessoa Jurídica (IRPJ) e de Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL). Em condições normais, esse abatimento é feito em até 25 anos, de acordo com a depreciação dos bens. Com a depreciação acelerada proposta no PL, o abatimento das máquinas adquiridas em 2024 poderá ser feito em apenas duas etapas, sendo 50% no primeiro ano e 50% no segundo.

Empresas beneficiadas

No relatório do Bradesco BBI, os analistas estimam que as empresas Tupy e Randon serão as mais beneficiadas pelo programa. Além disso, eles também avaliam que a WEG poderá se beneficiar do aumento da demanda por motores elétricos.

Em resumo, o PL da depreciação acelerada tem o potencial de estimular a modernização do parque fabril brasileiro, gerando um investimento adicional de R$ 20 bilhões. Embora o programa enfrente modificações em relação ao proposto inicialmente, especialistas apontam que ele pode contribuir para reduzir a disparidade de produtividade e impulsionar o setor industrial do país. As empresas Tupy, Randon e WEG são destacadas como possíveis beneficiadas pelo programa.

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