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Produtores diversificam produção e voltam a investir na criação de camarão-da-malásia no ES

Produtores diversificam produção e voltam a investir na criação de camarão-da-malásia no ES

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Produtores voltam a investir no cultivo de camarão-da-malásia no Norte do ES

O cultivo de camarão-da-malásia está ganhando destaque novamente no Norte do Espírito Santo. Segundo o Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper), somente em 2022, a cidade produziu cerca de cinco toneladas do crustáceo, representando aproximadamente 50% de toda a produção do estado.

Apesar de expressiva, a produção atual ainda é menor do que em anos anteriores. Em 2020, foram pescadas 15 mil toneladas de camarão, enquanto em 2021, a produção caiu para 9.750 toneladas. Os produtores apontam alguns motivos para essa queda, como a seca entre 2014 e 2017, o aumento do preço da ração e o fechamento do Laboratório de Pós-larva, que fornecia os filhotes de camarão para os criadores.

O laboratório, que foi inaugurado em 2015 pela Cooperativa dos Aquicultores do Espírito Santo, chegou a vender cerca de 5 milhões de pós-larvas em um único ano. No entanto, devido à falta de chuvas, os tanques foram esvaziados e, em 2016, o laboratório teve que ser desativado.

Atualmente, a administração do laboratório está a cargo da Prefeitura de Governador Lindenberg, que busca recursos para dar continuidade ao projeto. Essa iniciativa é fundamental para impulsionar a retomada da produção e incentivar os produtores a investirem novamente no cultivo de camarão.

Um dos pioneiros no cultivo de camarão-da-malásia na região, Frederico Sheran Fritz, investe nesse ramo do agronegócio há 25 anos e enfrentou dificuldades recentemente. Ele tinha 13 tanques cheios de camarão e produzia cerca de 13 toneladas por ano. No entanto, devido à alta do preço da ração e à seca, teve que interromper a produção. A meta de Fritz é retomar a produção com pelo menos oito tanques até o final de 2023, chegando a produzir duas toneladas de camarão por ano.

Outro produtor da região, Telmo Bayer, começou a criar camarão há cinco anos como forma de diversificar sua produção, que era voltada apenas para o café. Atualmente, ele produz cerca de 1.700 quilos de camarão, mas pretende aumentar essa produção em 15% com novos investimentos. Bayer teve que enfrentar desafios, como a alta do preço da ração e a seca. Para contornar esses obstáculos, ele passou a produzir sua própria ração, tornando o cultivo dos crustáceos mais viável.

A retomada do cultivo de camarão-da-malásia no Norte do Espírito Santo é uma ótima notícia para a economia da região e para os produtores locais. Com o incentivo do governo e a superação dos desafios, a expectativa é de um aumento na produção nos próximos anos, impulsionando o mercado e oferecendo oportunidades de investimento.

(Fonte: Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural - Incaper)

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