Produção de milho será de 116,9 milhões de toneladas em 2024, projeta IBGE

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou nesta quarta-feira, 10, o terceiro Prognóstico para a Produção Agrícola de 2024. De acordo com os dados, o Brasil deve colher 116,9 milhões de toneladas de milho no próximo ano, representando uma redução de 10,8% em relação à safra de 2023.

A projeção atual é 1,4% menor do que a estimativa divulgada no segundo prognóstico. Segundo o IBGE, houve uma queda na primeira safra de milho, que foi projetada em 26,8 milhões de toneladas para 2024, uma redução de 3,3% em relação a 2023. O instituto destaca que, com exceção do Rio Grande do Sul, que teve sua safra prejudicada pelo clima em 2023, a expectativa é de uma redução na produção nas demais Unidades da Federação.

As principais causas apontadas pelo IBGE são a falta de chuvas na região Centro-Oeste e o excesso de água no Sul do país. Além disso, os preços do milho não reagiram como o esperado, o que também contribui para a redução na produção.

A segunda safra de milho também apresenta uma projeção de queda, estimada em 12,8% em relação a 2023, totalizando 90,1 milhões de toneladas para 2024. O atraso no plantio de soja em algumas regiões produtoras resultou em uma redução na janela de plantio para a segunda safra de milho. Com exceção de São Paulo e Pará, as demais Unidades da Federação produtoras esperam uma redução na safra devido às expectativas negativas com o clima e ao declínio da área plantada.

O instituto destaca ainda que os preços do produto não estão incentivando o aumento dos investimentos nas lavouras, o que também contribui para a queda na produção. Vale ressaltar que a projeção para 2024 tem como base um patamar de comparação elevado em relação ao ano anterior, o que também influencia nos resultados.

A redução na produção de milho para 2024 terá impactos significativos no mercado financeiro e para os investidores individuais no Brasil. Com a diminuição da oferta, é esperado um aumento nos preços do milho, o que pode impactar diretamente os custos na produção de alimentos, ração animal e derivados do milho.

Para os investidores, essa projeção pode representar oportunidades e desafios. A valorização dos preços do milho pode beneficiar os produtores e investidores do setor agrícola. No entanto, é importante considerar os riscos associados, como a volatilidade dos preços e os impactos de eventos climáticos adversos na produção.

Em resumo, a projeção do IBGE para a safra de milho em 2024 indica uma redução na produção, com queda tanto na primeira quanto na segunda safra. As principais causas são as condições climáticas desfavoráveis, como a falta de chuvas e o excesso de água. Além disso, os preços baixos do milho não têm estimulado investimentos nas lavouras. Para os investidores, essa redução na produção pode representar oportunidades, mas também traz riscos associados à volatilidade dos preços e eventos climáticos adversos.