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Produção brasileira na safra 2023/24 de cana deve atingir 652,95 milhões de t, diz Conab

Produção brasileira na safra 2023/24 de cana deve atingir 652,95 milhões de t, diz Conab

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A produção de cana-de-açúcar na safra 2023/24 no Brasil promete surpreender positivamente, chegando a 652,95 milhões de toneladas, o que representa um aumento de 6,9% em relação à safra anterior. Essa previsão, divulgada pelo segundo levantamento da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), indica um incremento de 42,1 milhões de toneladas colhidas em relação à safra anterior. Esse crescimento é resultado do bom desempenho das lavouras, favorecido pelas condições climáticas favoráveis desta temporada.

Para atingir esses números expressivos, estima-se que a produtividade por hectare seja de cerca de 78.780 quilos, um aumento significativo em relação à safra passada. A área destinada à cultura registra uma ligeira queda de 0,1%, totalizando 8,29 milhões de hectares. Essa diminuição é reflexo da redução observada na região Sudeste.

O Sudeste, responsável por 63,1% da produção de cana no Brasil, prevê um crescimento de 6,3% no volume produzido, atingindo 412,15 milhões de toneladas. Esse bom resultado é impulsionado pela produtividade acima de 80 mil toneladas por hectare, especialmente no estado de São Paulo, o maior produtor da cultura, que deve colher 328,2 milhões de toneladas nesta safra.

Na região Centro-Oeste, estima-se que sejam produzidas 142,7 milhões de toneladas de cana-de-açúcar. Ao contrário do Sudeste, a área destinada à cultura deve aumentar 1,5%, chegando a 1,79 milhão de hectares. O desempenho das lavouras também deve ser otimizado, com uma produtividade média estimada em 79.601 quilos por hectare.

Nas regiões Nordeste e Sul, espera-se um aumento tanto na área quanto na produtividade. A colheita prevista para o Nordeste é de 58,5 milhões de toneladas, enquanto no Sul espera-se um acréscimo de 3,7% na área colhida em comparação com a safra anterior. A produtividade nessas regiões também deve ser impactada positivamente pelo aumento das áreas renovadas e melhores condições climáticas.

Na região Norte, há expectativa de um aumento de 5,4% na produção, atingindo 4,03 milhões de toneladas de cana-de-açúcar. Esse aumento é impulsionado pelo incremento da área e melhores produtividades, resultando em um cenário positivo.

Essa alta na produção de cana-de-açúcar no Brasil também terá reflexos positivos na fabricação de açúcar e etanol. Estima-se que a produção de açúcar atinja 40,9 milhões de toneladas, um aumento de 11,1% em relação à safra anterior. Esse crescimento ocorre em todas as regiões do país devido à maior disponibilidade de matéria-prima e ao mercado favorável do produto. Com isso, a atual safra se posiciona como a segunda maior produção de açúcar da história.

Já a produção de etanol, somando o produzido a partir da cana-de-açúcar e do milho, está estimada em 33,83 bilhões de litros. O etanol produzido a partir da cana-de-açúcar deve crescer cerca de 4,5%, chegando a 27,72 bilhões de litros. Esse aumento é suportado pela maior produção de cana no país, mesmo com a prioridade na fabricação de açúcar. Por outro lado, o etanol produzido a partir do milho apresenta uma alta expressiva de 37,2% devido a investimentos e planejamento, principalmente na região Centro-Oeste, mas também se expandindo para outras partes do país. A expectativa é que essa produção atinja um novo recorde, estimado em 6,11 bilhões de litros.

Esses números positivos na produção de cana-de-açúcar, açúcar e etanol têm impacto direto no mercado financeiro e para os investidores individuais no Brasil. O setor sucroenergético desempenha um papel importante na economia do país, gerando empregos, movimentando a balança comercial e atraindo investimentos. Com uma safra promissora, os investimentos nesse setor podem se mostrar atrativos para os investidores, principalmente considerando o cenário de aumento da demanda por biocombustíveis e a busca por fontes de energia mais sustentáveis.

Além disso, a produção de açúcar e etanol em larga escala deve impactar os preços desses produtos tanto no mercado interno quanto no externo. O aumento da produção de açúcar pode levar a uma oferta maior e, consequentemente, uma pressão nos preços. Já o aumento da produção de etanol, tanto a partir da cana-de-açúcar quanto do milho, pode ter um efeito positivo na oferta desse biocombustível, contribuindo para a estabilidade dos preços.

Em suma, a perspectiva de uma safra robusta de cana-de-açúcar no Brasil traz otimismo para o setor sucroenergético e para o mercado financeiro como um todo. Com o crescimento na produção de açúcar e etanol, surgem oportunidades de investimento interessantes, enquanto os consumidores podem se beneficiar com uma maior disponibilidade e possíveis estabilização de preços desses produtos.

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