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Principais SAFs ficam na série A em 2023, mas como ficam os balanços?

Principais SAFs ficam na série A em 2023, mas como ficam os balanços?

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Principais SAFs ficam na série A em 2023, mas como ficam os balanços?

Uma rodada antes do fim do Campeonato Brasileiro, três das principais Sociedades Anônimas do Futebol (SAFs) do país ainda estavam lutando contra o rebaixamento: Cruzeiro, Vasco e Bahia. No entanto, esses clubes conseguiram se salvar da queda, o que trouxe alívio para seus torcedores. Além disso, a permanência na série A também significa a manutenção de receitas mais elevadas e a possibilidade de seguir ou repensar os planos para o médio e longo prazo.

No entanto, mesmo com a permanência na série A, os clubes ainda precisam fechar seus balanços financeiros, que devem ser publicados entre abril e maio do próximo ano. Isso tem chamado a atenção dos analistas, que estão interessados em analisar o desempenho financeiro dessas SAFs.

Um exemplo recente de tentativa de endereçar a crise financeira é o Botafogo. O clube carioca entrou com pedido de Recuperação Extrajudicial para resolver quase R$ 405 milhões em dívidas. Investidores como Ronaldo Fenômeno, no Cruzeiro, o fundo de private equity 777, no Vasco, e John Textor, no Botafogo, assumiram clubes com o desafio de amenizar o alto endividamento contraído pelas associações nas últimas décadas.

Especialistas acreditam que o principal saldo dos balanços apresentados não será apenas a redução do passivo, mas também um plano de pagamento da dívida reestruturado e com melhores condições após negociações com credores.

No caso do Cruzeiro, o clube tem angariado confiança no mercado, mesmo com limitações de investimento no futebol. O projeto encabeçado por Ronaldo Fenômeno reúne uma equipe de executivos com experiência e bom trânsito no mercado. O plano de recuperação do clube prevê o pagamento de R$ 682 milhões para credores, além de outros R$ 260 milhões para cumprimento das obrigações fiscais.

As SAFs têm diferentes opções para negociar suas dívidas, como a recuperação judicial ou o Regime Centralizado de Execuções (RCE). O Vasco optou pelo RCE para negociar suas dívidas já em 2021, sob gestão de uma consultoria especializada.

O Bahia, por sua vez, tem sido tratado como um projeto bem-sucedido e com grande potencial. Vendido ao Grupo City em maio deste ano, o tricolor está sob a gestão de uma das principais referências internacionais no futebol. O clube tem buscado bons acordos na negociação com credores, sem utilizar a recuperação judicial ou o RCE. A expectativa é liquidar toda a dívida dentro de dois anos.

O investidor americano John Textor, no entanto, enfrentou desafios ao longo de 2023. O Botafogo, clube que ele é dono, teve um desempenho aquém das expectativas, e foram levantadas questões sobre a estratégia das plataformas multiclubes.

No geral, as SAFs têm sido mais bem geridas do que os clubes associativos, com exceção de gestões como as do Flamengo e Palmeiras. A estruturação das dívidas é um movimento raramente visto no futebol brasileiro.

Para atrair novos investimentos, existe a possibilidade de criação de uma liga de futebol para negociação conjunta de contratos. Projeções indicam que a criação dessa liga pode aumentar a receita gerada com futebol no país nos próximos cinco anos. Essa iniciativa tem despertado o interesse de investidores estrangeiros, que estão aguardando a formação da liga para começar a prospectar ativos no mercado brasileiro.

Toda essa movimentação mostra que as SAFs brasileiras estão passando por um processo de reestruturação e busca por uma gestão mais eficiente. Os clubes estão enfrentando desafios financeiros, mas também estão explorando novas estratégias e buscando acordos com credores para garantir sua saúde financeira a médio e longo prazo.

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