📰 Últimas notícias
Primeira emissão de títulos verdes deve superar US$ 1 bilhão

Primeira emissão de títulos verdes deve superar US$ 1 bilhão

Publicidade

Emissão de Títulos Públicos Sustentáveis Pode Superar US$ 1 Bilhão

O secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, anunciou que a primeira emissão de títulos públicos sustentáveis poderá superar US$ 1 bilhão. Esses títulos, lançados no exterior, são vinculados a compromissos com o meio ambiente. Em vez de receber apenas juros financeiros, os investidores estrangeiros receberão os rendimentos de um projeto sustentável.

As taxas de retorno para os compradores dos títulos sustentáveis ficarão entre 6,15% e 8%. Essa mesma taxa será aplicada ao Fundo Nacional sobre Mudança do Clima, que também foi relançado nesta quinta-feira. Parte dos recursos das emissões dos títulos será destinada a esse fundo.

Inicialmente prevista para setembro, a emissão dos títulos está agora prevista para o segundo semestre de 2021. No entanto, o secretário não descartou a possibilidade de adiar a operação para o início de 2024, se houver uma melhor "janela de mercado".

A expectativa é que os títulos sustentáveis sejam fundamentais para viabilizar o plano de transição ecológica do governo. O secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Dario Durigan, destacou que esses títulos são aguardados pelo mundo e que o Fundo Clima é peça-chave para a concretização desse plano.

Apesar de as emissões ocorrerem em dólares, Ceron afirmou que a operação não traz risco cambial para o Brasil, pois em caso de uma eventual desvalorização do real, a dívida líquida do país diminuiria devido à valorização das reservas internacionais convertidas em reais.

O Conselho Monetário Nacional regulamentou o Fundo Nacional sobre Mudança do Clima, que terá R$ 10 bilhões destinados ao financiamento de projetos de desenvolvimento sustentável. As taxas de retorno para esses projetos serão as mesmas das emissões dos títulos sustentáveis, variando de 6,15% a 8%. Anteriormente, as taxas de retorno dos empréstimos para o Fundo Clima variavam de 0,1% a 3%.

A resolução aprovada pelo CMN entrará em vigor em 1º de setembro e visa impulsionar projetos de transição energética, indústria verde e gestão de resíduos sólidos, entre outros. A expectativa é que os projetos de menor atratividade consumam apenas 8% dos recursos do Fundo Clima, enquanto os demais projetos consumirão os 92% restantes.

Essa iniciativa de emissão de títulos públicos sustentáveis demonstra o compromisso do governo em promover a sustentabilidade e viabilizar projetos relacionados à transição ecológica. Além disso, abre oportunidades para investidores brasileiros interessados em temas sustentáveis e ajuda a fortalecer o mercado financeiro nacional. Com o aumento do interesse por investimentos sustentáveis no mundo, é possível que essa emissão tenha um impacto significativo no mercado financeiro brasileiro e no desenvolvimento de projetos ecologicamente responsáveis no país.

Publicidade
Publicidade
🡡