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Por supostas desvantagens, Colômbia quer renegociar acordo de livre comércio com EUA

Por supostas desvantagens, Colômbia quer renegociar acordo de livre comércio com EUA

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Mundo 0 O presidente da Colômbia, Gustavo Petro, anunciou nessa quarta-feira (16) que seu governo começou a renegociar o Tratado de Livre Comércio (TLC) com os Estados Unidos, um instrumento comercial que está em vigor há 11 anos entre os dois países. "Quero anunciar publicamente que a renegociação (do TLC) já começou", disse o governante durante uma reunião com cafeicultores na cidade de Pitalito, no departamento de Huila, no sul do país. O líder colombiano justificou a decisão por supostas desvantagens que a Colômbia teria em relação aos Estados Unidos como resultado da assinatura do TLC, no qual os setores da produção nacional não podem competir com os do país norte-americano. "Se eu quisesse substituir esse milho pelo milho colombiano, teria mais 1.200.000 empregos, ou seja, riqueza. Por que não posso fazer isso? Porque o Tratado de Livre Comércio com os Estados Unidos, assinado há alguns anos, o proíbe", afirmou. Para Petro, a riqueza não está na extração, mas na produção, e o que se vive atualmente é uma crise do modelo de extração. Ele considera que a renegociação do TLC será um dos pilares para o retorno a esse modelo produtivo, no qual uma das bases será a industrialização da agricultura, sempre com maior investimento em capital humano. "Se vamos nos industrializar, precisamos de conhecimento, e isso significa fortalecer a universidade pública, uma das prioridades deste governo", argumentou. A renegociação do TLC com os Estados Unidos foi um dos temas principais de Petro durante sua campanha presidencial. Na época, a Câmara de Comércio Colombiano-Americana (AmCham Colombia) enfatizou que esse instrumento permitiu o aumento do comércio entre os dois países. Ela também lembrou que 11.497 produtos colombianos são comercializados com tarifa zero nos Estados Unidos graças ao TLC, em comparação com 5.500 há dez anos. Além disso, na última década, os Estados Unidos têm sido o principal investidor estrangeiro no país sul-americano. O dinheiro externo impulsionou setores como mineração, manufatura, sistema financeiro, serviços profissionais, científicos e técnicos, comércio atacadista, sistemas de informação, produtos elétricos e computadores, além de equipamentos e acessórios elétricos.

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