Por que as ações da Apple despencaram nos últimos dois dias eliminando US$ 200 milhões em valor de mercado?

As ações da Apple Inc. registraram uma grande queda nos últimos dois dias, eliminado cerca de US$ 200 bilhões em valor de mercado. Essa situação foi impulsionada pela decisão da China de ampliar a proibição do uso de iPhones por agências governamentais e empresas estatais.

A empresa com sede em Cupertino, Califórnia, teve suas ações desvalorizadas em até 5,1%, acumulando uma queda de 6,8% nos últimos dois dias. Como maior componente dos principais índices de ações dos EUA, essa queda teve um impacto significativo no mercado financeiro.

Contexto da queda das ações

A China, que é considerada o maior mercado estrangeiro da Apple, está enfrentando uma crise prolongada no mercado imobiliário, o que tem ameaçado a demanda por diversos produtos, desde commodities até bens de consumo. A fabricante do iPhone, que também tem a China como base de produção global, tem sido afetada por essa situação.

Além disso, a situação foi agravada pelos yields do Tesouro dos EUA. O mercado tem se preocupado com a possibilidade de o Federal Reserve intensificar a luta contra a inflação, o que tem levado à venda de títulos. Essas preocupações afetaram negativamente as ações da Apple e desencadearam uma "liquidação" mais ampla no mercado.

Impactos para o mercado financeiro e investidores individuais

A queda das ações da Apple teve um efeito generalizado no mercado, com investidores desfazendo posições em grandes empresas, gigantes de tecnologia e empresas chinesas listadas nos EUA. O índice Nasdaq 100, voltado para empresas de alta tecnologia, teve uma queda de cerca de 1%, e o índice Philadelphia Semiconductor, que inclui fornecedores da Apple, registrou uma queda de 2,5% na quinta-feira.

Essa situação traz preocupações para investidores individuais no Brasil que possuem ações da Apple ou investimentos relacionados ao mercado de tecnologia. É importante acompanhar de perto os desdobramentos dessa queda e avaliar possíveis impactos nos próprios investimentos.

Possíveis riscos futuros

A possível proibição do uso de iPhones por agências governamentais e empresas estatais na China pode ter consequências significativas para a Apple e outras empresas tecnológicas dos EUA que dependem das vendas e produção no país asiático. Essa medida pode impactar não só a Apple, mas também seus fornecedores em todo o mundo.

No entanto, analistas otimistas acreditam que o efeito de uma proibição do iPhone pode ser exagerado. Estima-se que essa medida atingiria menos de 500.000 iPhones, de um total de cerca de 45 milhões que devem ser vendidos na China nos próximos 12 meses.

É importante lembrar que a situação ainda está em desenvolvimento e mais informações serão necessárias para avaliar o impacto final dessa proibição sobre as ações da Apple e o mercado de tecnologia como um todo.

Fonte: (Bloomberg) — As ações da Apple Inc. (AAPL34) despencaram na quinta-feira (7), a caminho de eliminar US$ 200 bilhões em valor de mercado em apenas dois dias, enquanto a China planeja expandir a proibição do uso de iPhones para agências apoiadas pelo governo e empresas estatais.