PMI de serviços da China em agosto cai para 51,8, o mais baixo em oito meses

O índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) do setor de serviços na China apresentou uma queda em agosto, segundo dados divulgados pela S&P Global em parceria com o Caixin Insight Group. O índice passou de 54,1 em julho para 51,8 em agosto, atingindo o nível mais baixo dos últimos oito meses. Vale ressaltar que, apesar da queda, o indicador se manteve acima do patamar de 50,0, que indica expansão da atividade.

De acordo com a S&P Global, esse abrandamento no setor de serviços está relacionado ao fraco volume global de novos negócios. Com a queda nos serviços, o PMI composto, que engloba também os dados da indústria, registrou uma redução de 51,9 para 51,7 em apenas um mês, também alcançando o nível mais baixo desde janeiro.

No entanto, ao contrário dos meses anteriores, o setor de indústria de transformação apresentou uma recuperação em agosto. O PMI industrial subiu de 49,2 em julho para 51 em agosto. Por outro lado, no setor de serviços, os novos negócios provenientes do exterior registraram uma queda pela primeira vez em 2023.

Apesar desse cenário, as empresas pesquisadas se mantiveram otimistas em relação às perspectivas para os próximos 12 meses, com planos de expansão e aumento do emprego em todo o setor. Além disso, os preços das vendas aumentaram no ritmo mais lento desde abril, enquanto a taxa de inflação dos custos dos fatores de produção recuou para uma mínima de seis meses.

Wang Zhe, economista sênior do Caixin Insight Group, afirmou em nota que a oferta e a demanda por serviços continuam a se expandir na China, porém em um ritmo mais lento. Ele ressaltou que, embora o emprego no setor de serviços tenha registrado expansão, o aumento da mão de obra não foi suficiente para lidar com os negócios pendentes, com os atrasos continuando a crescer.

Essas informações indicam uma desaceleração no setor de serviços na China, o que pode impactar tanto o mercado financeiro quanto os investidores individuais no Brasil. É importante acompanhar essa situação de perto, pois ela pode influenciar as negociações internacionais, afetar as exportações brasileiras e, consequentemente, gerar volatilidade nos mercados financeiros. Para os investidores, é essencial estar atento às tendências e aos desdobramentos da economia chinesa, buscando diversificar suas carteiras e se proteger de possíveis turbulências.