Plano chinês para dívidas locais deve liberar R$ 1 trilhão em títulos
21/08/2023China permite que governos locais emitam títulos para cobrir suas dívidas
Nesta semana, foi divulgado que doze governos locais da China poderão emitir títulos no valor de 1,5 trilhão de yuans para cobrir suas dívidas. Esse valor equivale a aproximadamente R$ 1 trilhão ou US$ 206 bilhões. A medida foi anunciada pelo banco central chinês durante uma reunião com representantes de bancos comerciais, Bolsas de Valores e seguradoras.
Essa ação é uma resposta às preocupações em relação ao alto endividamento das regiões chinesas, como Tianjin, que estão enfrentando dificuldades financeiras. O banco central e os reguladores financeiros estão propondo uma estratégia coordenada para controlar essas ameaças econômicas e financeiras, fortalecer o monitoramento e evitar riscos sistêmicos.
Essa medida é considerada necessária, uma vez que o governo chinês já havia identificado o endividamento local como um dos maiores riscos econômicos do país. Para enfrentar essa situação, o governo está adotando uma sequência de medidas gradualmente.
O Goldman Sachs, em uma análise prévia à divulgação dessa reunião, avaliou que o risco de preocupações sistêmicas é baixo na China, apesar da volatilidade no mercado financeiro que pode exigir um esforço mais coordenado por parte do governo. Além disso, foi orientado aos bancos estatais que ampliem a oferta de crédito como forma de estimular a recuperação econômica, que ainda é considerada lenta.
Essa iniciativa é importante tanto para a China quanto para o mercado financeiro internacional. O endividamento elevado e a recuperação lenta do consumo são considerados obstáculos para a retomada econômica pós-pandemia. Por isso, o BC chinês está concentrando seus esforços para reagir a esses desafios, reduzindo as taxas de juros e estimulando o mercado imobiliário que está paralisado.
É importante estar atento a essas medidas, uma vez que elas podem impactar o cenário financeiro global. A China é uma das principais economias do mundo e suas ações têm consequências diretas para diversos setores, inclusive no Brasil. Por isso, é fundamental acompanhar os desdobramentos dessas iniciativas e como elas podem afetar os investidores individuais no mercado brasileiro.