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PIB terá melhor biênio desde 2011, mas faltam impulsos para 2024

PIB terá melhor biênio desde 2011, mas faltam impulsos para 2024

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PIB terá melhor biênio desde 2011, mas faltam impulsos para 2024

O crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil tem mostrado indícios de melhora nos últimos anos. Segundo dados divulgados, caso não haja crescimento neste último trimestre, o país terá o melhor biênio desde 2011.

Apesar dessa perspectiva positiva, é importante ressaltar que a renda per capita ainda é menor do que em 2013. Infelizmente, a expectativa é de que essa situação continue até 2025.

A situação econômica do Brasil tem sido preocupante, com desafios que impedem um crescimento mais robusto. Para o próximo ano, os impulsos para o crescimento são fracos ou difíceis de enxergar, devido à incerteza que envolve a economia brasileira.

Em relação ao crescimento do PIB em 2023, dois fatores principais contribuíram: o aumento do número de pessoas trabalhando e um leve aumento no salário médio. Esses foram os pontos surpreendentes do ano. Além disso, a queda da inflação também impulsionou os rendimentos reais do trabalho.

Outro ponto relevante foi o aumento das despesas em benefícios sociais, como o Bolsa Família e o INSS, e o crédito bancário para pessoas físicas. Esses fatores impulsionaram o consumo das famílias, que teve um crescimento acelerado no terceiro trimestre de 2023.

No entanto, para 2024, espera-se que haja pouco aumento nos gastos com benefícios sociais e uma estabilização da inflação. A massa salarial continua a crescer, mas em uma desaceleração notável. Além disso, é difícil prever de onde virá um aumento significativo no emprego.

Um destaque positivo deste ano foi o desempenho do setor externo, principalmente devido às exportações de petróleo e grãos, como a soja, e à queda das importações. No entanto, o investimento em novas instalações produtivas, como a construção civil e a aquisição de máquinas e softwares, tem apresentado resultados preocupantes, com quatro trimestres consecutivos de queda.

A taxa de investimento, que mede a proporção do PIB dedicada ao investimento, está em um nível baixo, de apenas 16,6% no terceiro trimestre. Isso é preocupante, pois um crescimento razoável do PIB em 2024 depende da recuperação do investimento.

As taxas de juros também têm impactado negativamente o desempenho do investimento. No entanto, apenas a redução da taxa Selic, taxa de juros de curto prazo definida pelo Banco Central, não é suficiente para melhorar a situação do crédito e do mercado de capitais. Os credores continuam a cobrar juros altos devido aos enormes déficits e à dívida do governo, o que influencia negativamente no custo do crédito.

Além disso, o investimento também depende das condições econômicas e do ânimo das empresas e empreendedores. Embora tenha havido melhorias nas condições financeiras nas últimas semanas, é necessário que os juros nos Estados Unidos se mantenham controlados e haja um sinal claro de que o governo brasileiro está comprometido em controlar o déficit e a dívida.

Portanto, embora haja perspectivas de crescimento positivas para o biênio 2023-2024, é importante ressaltar que o crescimento de longo prazo depende de outros fatores, como a melhoria da educação no país. Infelizmente, o investimento em educação, principalmente para crianças de baixa renda, não tem sido uma prioridade para o Brasil.

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