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PIB do 3.º trimestre deve refletir estagnação da economia brasileira

PIB do 3.º trimestre deve refletir estagnação da economia brasileira

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PIB do 3.º trimestre deve refletir estagnação da economia brasileira

Nesta terça-feira (5), o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) irá divulgar os dados referentes ao Produto Interno Bruto (PIB) do terceiro trimestre. Há expectativa de que os números evidenciem mais sinais de estagnação na economia brasileira. Instituições financeiras não descartam a possibilidade de uma retração do indicador em relação ao segundo trimestre.

Nos últimos oito trimestres consecutivos, a atividade econômica brasileira tem apresentado crescimento em relação ao trimestre anterior. No entanto, segundo o IBGE, houve uma queda de 0,2% no segundo trimestre de 2021 em comparação com o primeiro trimestre daquele ano. O Monitor do PIB da Fundação Getulio Vargas (FGV) também aponta para a estagnação da atividade econômica no terceiro trimestre em comparação com o segundo.

A coordenadora da pesquisa da FGV, Juliana Trece, destaca que a estagnação reflete a fragilidade da sustentação do crescimento da economia brasileira. A desaceleração da agropecuária e do setor de serviços explicam a estagnação pela ótica da oferta. Pela ótica da demanda, destaca-se a desaceleração do consumo das famílias e a queda do investimento produtivo.

Outro indicador que mostra a perda de fôlego da economia brasileira é o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), que teve uma queda de 0,64% no terceiro trimestre em comparação com o segundo trimestre.

Diversos fatores colaboram para esse cenário de possível queda do PIB. O setor agropecuário perdeu força neste segundo semestre, o comércio apresenta desempenho fraco, o investimento privado está em baixa e os serviços também estão desacelerando.

As expectativas para o desempenho do comércio no terceiro trimestre também não são favoráveis, com projeções de retração de 0,1% no nível de atividade setorial em relação ao trimestre anterior. Isso ocorre devido à inadimplência ainda elevada e ao endividamento das famílias.

Além disso, o segmento de serviços de transporte, que havia registrado alta no primeiro trimestre, também pode ter reflexos negativos sobre os números do PIB. A agropecuária, que impulsionou a economia no primeiro semestre, também deve perder força, pois a safra de soja tem menos importância na segunda metade do ano.

Do lado da demanda, o investimento é o destaque negativo, com previsão de queda de 4,9% na formação bruta de capital fixo (FBCF), devido ao recuo na produção e na importação de bens de capital.

As projeções para o crescimento da economia em 2023 também tiveram uma leve queda nas últimas semanas. Taxas mais elevadas de juros e uma gradual acomodação do mercado de trabalho contribuem para um cenário mais restritivo. Segundo o boletim Focus, o ponto médio das estimativas indica um crescimento de 2,84% no PIB deste ano, abaixo dos 2,92% projetados anteriormente.

Esses dados refletem a atual fragilidade da economia brasileira, mostrando a necessidade de medidas para impulsionar o crescimento e a recuperação do país.

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