Petróleo sobe quase 3% após ataques no Oriente Médio

Os preços do petróleo registraram uma forte alta nesta quarta-feira (3), impulsionados por ameaças de ataques de rebeldes houthis a navios no mar Vermelho. No último fim de semana, uma embarcação da Maersk foi atacada, interrompendo o transporte na região. Além disso, os recentes acontecimentos na região aumentaram ainda mais a tensão, o que também pressionou os preços da commodity.

Às 15h18, o barril do petróleo brent, referência mundial do produto, era negociado a US$ 78,14, em alta de 2,96%. Mesmo com um cenário externo pessimista, o petróleo registrou alta, impactando o mercado financeiro brasileiro.

O Ibovespa, principal índice da bolsa de valores brasileira, subia cerca de 0,50% nesta tarde, operando acima dos 133 mil pontos. As ações da Petrobras, segunda maior empresa do índice, eram as mais negociadas do dia, registrando alta de 3,17%. Outra importante companhia do setor, a PetroRio, também apresentava uma valorização de 3,97% e estava entre as maiores altas da sessão.

O cenário de instabilidade no Oriente Médio foi agravado pelo ataque terrorista no Irã, que resultou na morte de pelo menos 103 pessoas. Esse acontecimento elevou ainda mais a tensão na região e aumentou o risco de um alastramento regional da guerra entre o Irã e seus adversários, principalmente Israel e grupos palestinos.

No mar Vermelho, helicópteros repeliram um ataque dos rebeldes houthis a um navio porta-contêineres da Maersk, afundando três embarcações e matando dez rebeldes. Como consequência desse ataque, a Maersk suspendeu o transporte pelo local, uma das rotas comerciais mais importantes do mundo.

É importante ressaltar que até o momento não há acusações contra Israel ou os Estados Unidos pelo incidente no Irã, e a autoria do ataque ainda não foi reivindicada. No entanto, há diversos grupos contrários a Teerã em operação no país.

Os eventos no Oriente Médio têm impacto direto nos preços do petróleo e consequentemente influenciam o mercado financeiro, inclusive no Brasil. Os investidores devem acompanhar de perto a evolução dessa situação, pois ela pode trazer volatilidade para os investimentos, especialmente aqueles relacionados ao setor de petróleo e gás.