Petrobras se compromete a priorizar transferidos por venda de ativos e custear retorno

A Petrobras (PETR4) divulgou nesta terça-feira uma carta-compromisso à Federação Única dos Petroleiros (Fup) e à Federação Nacional dos Petroleiros (FNP) informando que nos próximos dois anos dará prioridade aos processos internos de novas vagas a empregados que tenham sido transferidos em função de venda ou desmobilização de ativos e queiram retornar à sua lotação de origem.

Essa movimentação dos empregados após as vendas de ativos está em discussão no Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) deste ano com os sindicatos da categoria. Segundo a Petrobras, aproximadamente 450 empregados que manifestaram interesse em movimentação foram realocados ou autorizados a realizar teletrabalho integral em 2023.

A estatal informou que serão priorizados os funcionários abrangidos nos planos de pessoal relativos a desinvestimentos, descomissionamentos e hibernações, no período entre 1º de janeiro de 2019 e 26 de janeiro de 2023. A admissão de novos empregados será conciliada com a mobilidade dos mais experientes, de acordo com o comunicado da empresa.

Uma novidade é que, se houver vagas disponíveis, os empregados do regime especial poderão migrar para a área administrativa, com alteração de regime, e receber um valor equivalente à indenização de supressão de regime, seguindo os padrões internos vigentes e em caráter excepcional.

A empresa também assegurou o pagamento das viagens ao estado de origem do trabalhador e de sua família, bem como o reembolso dos custos da mudança no programa de mobilidade interna. Esses avanços estão em linha com os novos direcionadores estratégicos da Petrobras, que incluem a regionalização de atividades, a reocupação de prédios desmobilizados e o teletrabalho.

Nas discussões do ACT 2023, os sindicatos também solicitam da Petrobras o compromisso com a saúde mental e a segurança dos trabalhadores que foram transferidos contra a vontade pela gestão anterior.

Em resumo, a Petrobras está se comprometendo a priorizar a movimentação dos empregados que foram transferidos devido a vendas de ativos e a custear o retorno desses funcionários às suas lotações de origem. Essa medida visa atender às demandas dos sindicatos e garantir a continuidade segura das operações nas unidades da companhia.