Petrobras analisará proposta da Mubadala para parceria na Bahia

A Petrobras anunciou nesta sexta-feira (22) que recebeu uma comunicação da empresa de investimento internacional Mubadala Capital, propondo a formalização de discussões sobre uma potencial parceria estratégica para o desenvolvimento do downstream no Brasil. Essas atividades incluem refino, transporte e comercialização de produtos petrolíferos.

A proposta de parceria envolve não apenas o refino tradicional, mas também o desenvolvimento de uma biorrefinaria na Bahia. O objetivo dessa futura parceria é fortalecer o ambiente de negócios no setor de energia, além de aumentar o fornecimento de combustíveis de matriz renovável no Brasil.

A Mubadala Capital, por meio de suas subsidiárias Acelen e Acelen Energia Renovável, controla atualmente a Refinaria de Mataripe (RefMat) e uma biorrefinaria. Em sua correspondência, a empresa indicou os principais termos e condições da eventual parceria, incluindo a possibilidade de aquisição de participação acionária pela Petrobras nesses ativos.

No entanto, a proposta ainda será objeto de avaliação interna pela Petrobras. A companhia esclarece que, seguindo sua governança corporativa, qualquer decisão de investimento passará pelos processos de planejamento e aprovação estabelecidos em seu Plano Estratégico 2024-2028+.

A Refinaria de Mataripe, localizada em São Francisco do Conde, na Bahia, possui uma capacidade de processamento diário de 333 mil barris de petróleo. Além disso, seus ativos incluem terminais de armazenamento e oleodutos que interligam a refinaria aos terminais, totalizando 669 km de extensão.

Já o projeto de biorrefino integrado visa a produção de diesel renovável e querosene de aviação sustentável a partir de óleo vegetal proveniente de culturas nativas. Esse projeto terá operações na Bahia e em Minas Gerais.

A proposta da Mubadala Capital para a parceria no setor de refino na Bahia representa uma possível oportunidade para a Petrobras fortalecer sua posição no mercado. Além disso, essa parceria pode impulsionar o desenvolvimento de novas tecnologias e aumentar a oferta de combustíveis renováveis no país.

No entanto, é importante destacar que a proposta ainda está em análise e passará pelos processos internos de avaliação da Petrobras. Portanto, é necessário aguardar as decisões finais e os desdobramentos desse possível acordo.