Percepção de desaceleração da China curiosamente não tem afetado commodities, diz Campos Neto
05/09/2023Percepção de desaceleração da China curiosamente não tem afetado commodities, diz Campos Neto
O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, afirmou em um evento realizado hoje em São Paulo que a percepção de desaceleração da economia chinesa não está afetando os preços das commodities de forma significativa.
Segundo Campos Neto, os preços das commodities se mantêm elevados, mesmo com a expectativa de um crescimento menor na China. Ele destacou que os preços do minério de ferro, por exemplo, já voltaram a um nível próximo de US$ 115 a tonelada.
O presidente do Banco Central argumentou que esse "decoupling", ou seja, o descasamento entre a percepção do crescimento chinês e os preços das commodities, é curioso. Ele explicou que faz sentido o pouco impacto da desaceleração chinesa nos preços das commodities agropecuárias, pois a maior parte da população do país asiático já ascendeu à classe média.
Campos Neto também comentou sobre a magnitude da desaceleração da economia chinesa. Segundo ele, as pessoas acreditam que um crescimento abaixo de 4% poderia trazer consequências negativas, como aumento do desemprego, principalmente entre os jovens. Ele chamou atenção para as preocupações com o mercado imobiliário chinês e afirmou que as ações do governo chinês parecem estar focadas em evitar um colapso nesse mercado.
Além disso, o presidente do Banco Central ressaltou que a atividade econômica vem apresentando desaceleração na Europa e em alguns pontos da Ásia. Esses dados podem ter impacto tanto no mercado internacional quanto para os investidores brasileiros.
Em resumo, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, destacou que, mesmo com a percepção de desaceleração da economia chinesa, os preços das commodities se mantêm elevados. Ele ressaltou o "decoupling" entre a percepção de crescimento menor na China e os preços das commodities agropecuárias. Além disso, ele alertou para as preocupações com o mercado imobiliário chinês e a desaceleração da atividade econômica na Europa e em alguns pontos da Ásia. Esses elementos são importantes para os investidores brasileiros acompanharem de perto, uma vez que podem impactar o mercado financeiro tanto internacionalmente quanto localmente.