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Para Morgan Stanley, perspectivas para captações externas em 2024 são positivas

Para Morgan Stanley, perspectivas para captações externas em 2024 são positivas

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Para Morgan Stanley, perspectivas para captações externas em 2024 são positivas

A CSN, empresa brasileira do setor de siderurgia, concluiu recentemente uma captação externa de US$ 500 milhões. Com essa operação, o volume total de emissões de dívida no exterior por empresas brasileiras em 2023 alcançou US$ 13,6 bilhões, distribuídos entre 13 operações. Esse valor é superior aos US$ 3,9 bilhões captados em 2022, por meio de oito emissões.

No entanto, apesar do aumento em relação ao ano anterior, as emissões de dívida em 2023 ficaram abaixo da média anual recente de cerca de US$ 20 bilhões. Além disso, também ficaram abaixo das expectativas iniciais do mercado para este ano.

De acordo com Gustavo Siqueira, Managing Director do Morgan Stanley, há motivos para acreditar que a atividade nesse mercado será retomada com mais vigor em 2024. Isso ocorrerá tanto por parte das empresas que precisam rolar suas dívidas, quanto por novos emissores.

O mercado de dívida corporativa internacional, especialmente nos Estados Unidos, tem dado sinais de melhora. Novas empresas têm acessado esse mercado, o que indica uma evolução. A retomada dessa movimentação, no entanto, ocorre em um novo nível de preço, uma vez que as taxas dos Treasuries são utilizadas como referência para as operações.

Acredita-se que esse novo nível de preço veio para ficar, o que tem encorajado as empresas brasileiras a voltarem a buscar captações externas. No caso específico do Brasil, algumas empresas de baixo risco, como a CSN, Braskem e Minerva, têm emitido bonds com taxas em torno de 8%.

No início de 2023, a expectativa era de um mercado de dívida internacional mais ativo. No entanto, a guerra no Leste Europeu, notícias negativas sobre instituições financeiras na Europa e os dados de inflação mais fortes fizeram com que os juros dos Treasuries aumentassem, dificultando essa movimentação.

Nos últimos dias, o ambiente parece ter se estabilizado, o que sinaliza um retorno dos emissores ao mercado. Isso inclui as chamadas "first time issuer", empresas que ainda não haviam emitido bonds e que, portanto, não têm um parâmetro de preço testado.

Fontes do mercado afirmam que a operação da CSN demonstra que essa melhora no mercado está em curso, mas também indica que os investidores estão seletivos. A companhia emitiu um bond de sete anos com taxa de 8,875%, o equivalente a um spread de 450 pontos-base em relação ao Treasury de prazo equivalente. A demanda foi três vezes maior que o esperado.

Em resumo, as perspectivas são positivas para as captações externas em 2024, segundo o Morgan Stanley. A melhora do mercado de dívida corporativa internacional, aliada ao entendimento de que os juros dos Treasuries devem permanecer em patamares mais elevados, tem encorajado as empresas brasileiras a buscar recursos no exterior. No entanto, os investidores estão cada vez mais seletivos na escolha das empresas em que irão investir.

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