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Para Fitch, colapso de mina da Braskem pode impactar fluxo de caixa e rating da empresa

Para Fitch, colapso de mina da Braskem pode impactar fluxo de caixa e rating da empresa

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Mina de Sal-Gema da Braskem em Maceió é classificada como preocupante pela Fitch

A agência de classificação de risco Fitch emitiu um comunicado nesta sexta-feira (1) em relação ao iminente colapso de uma mina de sal-gema da Braskem em Maceió, capital do Alagoas. A possibilidade de desabamento do solo levou à evacuação de cinco bairros na região. A Fitch considera essa situação preocupante, pois pode impactar significativamente os fluxos de caixa da Braskem e pressionar seus ratings.

Impactos no fluxo de caixa da Braskem

Segundo a Fitch, o colapso da mina de sal-gema em Maceió pode resultar em consequências financeiras negativas para a Braskem. A agência acredita que o número de ações judiciais contra a empresa pode aumentar devido à iminente tragédia socioambiental. Isso poderia afetar a capacidade da Braskem de acessar o mercado de capitais para obter financiamentos.

Riscos para os ratings da Braskem

Atualmente, a Fitch classifica a Braskem com IDRs (Issuer Default Ratings – Ratings de Inadimplência do Emissor) de Longo Prazo 'BBB-', com Perspectiva Negativa, e Rating Nacional de Longo Prazo 'AAA(bra)', Perspectiva Estável. No entanto, a agência alerta que o colapso da mina de sal-gema poderia afetar essas classificações, devido aos potenciais impactos financeiros e jurídicos enfrentados pela empresa.

Projeto da Fitch considera desembolsos relativos a ações judiciais

O projeto atual da Fitch leva em consideração um pagamento de R$ 7,5 bilhões (US$ 1,5 bilhão) até 2025, sendo R$ 3 bilhões em 2023 e 2024, e R$ 1,5 bilhão em 2025, referentes a ações judiciais relacionadas à mina de sal-gema. A agência ressalta que essas projeções estão baseadas nos anúncios feitos até o momento e que a situação pode mudar dependendo das obrigações legais futuras.

Caixa da Braskem para cobrir passivos e dívida

Em setembro, a Braskem relatou ter R$ 18,5 bilhões (BRL 3,4 bilhões) em caixa, o que, segundo a Fitch, seria suficiente para cobrir os passivos relacionados à mina de sal-gema e para pagar o serviço da dívida até 2027. No entanto, a nova ação judicial de R$ 1 bilhão ainda está em fase inicial e a Fitch acompanhará o caso para determinar se a empresa será obrigada a pagar essa penalidade.

Perspectivas para o fluxo de caixa da Braskem

A análise da Fitch aponta que o fluxo de caixa de financiamento da Braskem deve ficar negativo em R$ 4,5 bilhões em 2023 e R$ 3,5 bilhões em 2024. A expectativa é que o fluxo de caixa se torne positivo novamente em aproximadamente R$ 1 bilhão em 2025. A agência também destaca que a perspectiva da Braskem foi revisada para "Negativa" em agosto devido à alta alavancagem, o que pode resultar em uma nova ação de rating negativa.

A capacidade da empresa para ajustar sua estratégia

Por fim, a Fitch acredita que a Braskem tem a capacidade de ajustar sua estratégia de investimentos para preservar o fluxo de caixa de financiamento. Essas medidas incluem a redução de investimentos, a otimização do capital de giro, a venda de ativos não essenciais e a busca por novas parcerias para aumentar a produtividade.

Conclusão

O comunicado da Fitch destaca a preocupação da agência com o iminente colapso da mina de sal-gema da Braskem em Maceió. A possibilidade de desabamento do solo e os potenciais impactos financeiros e jurídicos que a empresa pode enfrentar levaram a agência a considerar os riscos para o fluxo de caixa e os ratings da Braskem. A agência ressalta a importância da empresa em ajustar sua estratégia de investimentos para minimizar esses impactos financeiros e preservar sua capacidade de financiamento.

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