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Para empresários, demora na queda do juro real limita recuperação econômica

Para empresários, demora na queda do juro real limita recuperação econômica

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Juros altos ainda são o inimigo da indústria brasileira, segundo empresários

Um grupo de empresários participou de um evento promovido pelo Santander, em São Paulo, e chegou a uma conclusão preocupante: o grande inimigo da indústria brasileira ainda é o nível de taxa de juros. Apesar da queda iniciada pelo Banco Central, é improvável que a taxa real torne-se favorável para o setor produtivo no próximo ano.

Para Benjamin Steinbruch, CEO e presidente do conselho de administração da CSN, a variável chave para uma recuperação da economia é o juro real, não o juro nominal. Mesmo que a Selic caia para 10% no próximo ano, espera-se que a taxa real permaneça elevada devido ao recuo da inflação. Para Steinbruch, o país precisa de um juro mais compatível com a realidade internacional.

Rubens Menin, fundador e presidente do conselho de administração da MRV, ressaltou que o desafio do setor de construção civil está na dificuldade em obter financiamento devido ao alto custo das operações de securitização de seus recebíveis. Segundo ele, é fundamental que os juros caiam ainda mais para impulsionar uma retomada consistente.

Ambos os empresários destacam a importância de o governo conter os gastos públicos como forma de abrir caminho para uma redução dos juros. Afinal, são os impostos pagos pela sociedade que vão para o pagamento dos juros da dívida pública. A pressão para controlar o déficit e reduzir os gastos deve partir justamente do próprio governo.

Essa análise feita pelos empresários reflete uma preocupação não apenas para o setor industrial, mas também para os investidores individuais no Brasil. Juros altos impactam diretamente os rendimentos dos investimentos em renda fixa, como títulos do Tesouro Direto e CDBs de bancos.

Se a taxa real segue elevada, a rentabilidade dos investimentos tende a ser prejudicada. Por isso, é fundamental que investidores acompanhem atentamente as movimentações do Banco Central e as decisões do governo em relação aos gastos públicos. Esses fatores podem ter um impacto significativo nos rendimentos dos investimentos.

Além disso, a dificuldade enfrentada pelo setor de construção civil em obter funding também pode afetar os investidores, especialmente aqueles que têm ativos nesse segmento. A retomada consistente do setor é fundamental para a valorização desses ativos e, consequentemente, para os lucros dos investidores.

Portanto, é importante que o governo brasileiro esteja atento a essas demandas e leve em consideração a necessidade de redução dos juros e controle dos gastos públicos. Essas medidas são essenciais para impulsionar a economia e proporcionar melhores oportunidades de investimento tanto para a indústria quanto para os investidores individuais.

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