"Para China e EUA, virar as costas um ao outro não é uma opção', diz Xi a Biden"

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, e seu homólogo chinês, Xi Jinping, iniciaram uma cúpula muito aguardada nesta quarta-feira (15), com o objetivo de reparar as tensões existentes entre as duas potências devido à competição econômica e a erros militares e diplomáticos. A relação entre China e Estados Unidos é considerada a mais importante relação bilateral do mundo, segundo Xi Jinping. Em seu discurso de abertura, ele ressaltou que virar as costas um ao outro não é uma opção, já que ambos os países são muito importantes globalmente.

Apesar das dificuldades no caminho, Biden também destacou a importância das discussões diretas e francas entre os dois líderes. A intenção é evitar que a competição se transforme em conflito e administrá-la de forma responsável.

As conversas entre os líderes das duas maiores economias do mundo encerram meses de trabalho de altos funcionários para reduzir as tensões e restabelecer canais de comunicação. Além disso, serão discutidos assuntos como inteligência artificial, o status de Taiwan, assim como conflitos envolvendo Ucrânia e Israel. Os oficiais chineses provavelmente buscarão o relaxamento dos controles de exportação, tarifas e restrições a investimentos nos Estados Unidos.

A cúpula também contará com a participação de líderes dos membros da Cooperação Econômica da Ásia e do Pacífico (APEC), que utilizarão o evento para promover uma série de reuniões bilaterais e multilaterais. CEO's renomados, como Elon Musk, Sundar Pichai e Jane Fraser, também estão programados para participar. Xi Jinping fará um discurso durante um jantar com os CEO's na quarta-feira.

O encontro está sendo realizado em São Francisco, no estado americano da Califórnia, e é considerado o maior evento internacional na cidade desde a assinatura da Carta das Nações Unidas em 1945. Os EUA serão o anfitrião rotativo em 2023 para eventos relacionados ao grupo de 21 membros da APEC.

Essa cúpula entre China e EUA tem impactos significativos no mercado financeiro e para os investidores individuais no Brasil. Os desdobramentos dessas discussões podem afetar a economia global e as relações comerciais entre os países. Investidores devem ficar atentos aos resultados das negociações e às medidas que serão tomadas, principalmente no que diz respeito a tarifas e restrições comerciais. Possíveis acordos ou alívios nessas questões podem trazer oportunidades de investimento para diferentes setores econômicos do Brasil.