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Padre Egídio comprou 29 imóveis e fez gastos milionários com vinho e obras de arte com verba de hospital, aponta investigação

Padre Egídio comprou 29 imóveis e fez gastos milionários com vinho e obras de arte com verba de hospital, aponta investigação

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Padre Egídio: Investigação revela gastos milionários com imóveis, vinho e obras de arte

O Padre Egídio de Carvalho Neto está sendo investigado por suspeita de ser proprietário de 29 imóveis de alto padrão localizados na Paraíba, em Pernambuco e em São Paulo, além de investir altos valores em vinhos, decorações e obras de arte. Essa análise tem um impacto relevante no mercado financeiro e para os investidores individuais no Brasil.

De acordo com as investigações, Egídio era ex-diretor do Hospital Padre Zé e também comandava outras duas instituições, o Instituto São José e a Ação Social Arquidiocesana. Essas entidades recebiam investimentos regulares do Poder Público e também em forma de doações, e seria dessas fontes que o dinheiro era desviado para a construção da fortuna pessoal do padre.

O padre foi preso e passará por audiência de custódia. A decisão destaca que os crimes em questão são graves e podem resultar em pena privativa de liberdade superior a quatro anos. As investigações apontam que o esquema também envolve Jannyne Dantas Miranda e Silva e Amanda Duarte Silva Dantas, ex-diretora administrativa e ex-tesoureira do Hospital Padre Zé.

Um dos pontos que chamam a atenção é o fato de que, apesar do salário líquido do padre girar em torno de R$ 16 mil, ele pagava a mensalidade de um curso de medicina para um sobrinho, no valor de R$ 13 mil por mês. Além disso, será investigado o pagamento à vista de um carro novo avaliado em R$ 122 mil, utilizando recursos públicos repassados ao Instituto São José.

A investigação também encontrou inúmeros orçamentos pagos para reforma e decoração dos imóveis do padre, incluindo eletrônicos de luxo, peças de decoração de alto valor e móveis sofisticados. Houve ainda compras de imagens sacras, cristais e adornos antigos feitos em prata, cristal e madeira, além da compra de "relíquias religiosas de elevados valores".

Os gastos também incluíam altos valores com vinhos. Somente em junho de 2022, foram gastos mais de R$ 29 mil apenas nessa categoria. Durante todo o ano, o valor total do gasto com vinho teria chegado a R$ 109.980. Além disso, foram realizados saques de valores altos para aquisição de itens de decoração, como R$ 350 mil, R$ 128,9 mil e R$ 80,4 mil, além de um orçamento de R$ 243,3 mil para a construção de um Salão de Lazer e Estúdio.

A investigação também identificou um possível desvio de R$ 363.926 na compra de equipamentos para o Hospital Padre Zé durante a pandemia de Covid-19. Os equipamentos não foram recebidos e não constam no inventário da instituição.

Padre Egídio foi afastado das funções religiosas desde setembro, por decisão da Arquidiocese da Paraíba. A instituição afirmou que está colaborando integralmente com as investigações em curso. Um processo canônico também foi instaurado contra o padre.

Este caso chama a atenção para a importância da transparência e do controle financeiro em instituições de caridade e religiosas. Além disso, destaca a necessidade de fiscalização rigorosa por parte do Poder Público no repasse de recursos para essas instituições. Para os investidores individuais, é fundamental estar atento aos casos de corrupção, que podem impactar negativamente o mercado financeiro e a imagem das empresas envolvidas.

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