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Padilha defende vetos à desoneração e diz que Haddad vai iniciar diálogo por alternativa

Padilha defende vetos à desoneração e diz que Haddad vai iniciar diálogo por alternativa

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Padilha defende vetos à desoneração e diz que Haddad vai iniciar diálogo por alternativa

O ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, afirmou nesta terça-feira que o governo continuará trabalhando a favor da manutenção dos vetos feitos pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao projeto de lei da desoneração da folha de pagamentos. Segundo Padilha, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, iniciará um diálogo com os setores econômicos para construir uma alternativa ao benefício fiscal que se encerra no fim deste ano.

De acordo com o ministro Padilha, o diálogo com os setores econômicos terá como objetivo buscar alternativas à desoneração que respeitem a constituição e mantenha os empregos. Ele ressaltou que estas alternativas poderiam ser medidas mais efetivas e que não seriam questionadas judicialmente.

Votação dos vetos à desoneração

Está prevista uma sessão do Congresso nesta quinta-feira, 7, para a análise dos vetos. No entanto, Padilha afirmou que a desoneração pode não ser incluída na pauta, uma vez que ainda não tranca a ordem do dia.

Na semana passada, o senador Efraim Filho (União-PB), autor do projeto de prorrogação da desoneração da folha de pagamentos, afirmou que já existem votos suficientes para derrubar o veto presidencial à proposta aprovada pelo Congresso. Segundo ele, as justificativas apresentadas por Haddad para o veto foram consideradas frágeis e inconsistentes.

O senador também destacou a disposição de diálogo com o governo em busca de uma alternativa à desoneração, mas ressaltou a importância de prorrogar o benefício que já está em vigor até o dia 31 de dezembro deste ano.

Compensação ao fim da desoneração

Fernando Haddad, ministro da Fazenda, disse que apresentará medidas para compensar o fim da desoneração quando retornar da Conferência do Clima das Nações Unidas (COP-28), que ocorre de 30 de novembro a 12 de dezembro, em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos.

A desoneração da folha de pagamentos, em vigor desde 2011, é um benefício fiscal que substitui a contribuição previdenciária patronal de 20% por alíquotas de 1% a 4,5% sobre a receita bruta, dependendo do setor produtivo. Com a decisão do presidente Lula, o benefício perderá a validade no fim deste ano, a menos que o Congresso derrube o veto.

Impactos para o mercado financeiro e investidores individuais

A questão da desoneração da folha de pagamentos tem impactos significativos no mercado financeiro e para os investidores individuais. Setores beneficiados pela desoneração, como o de serviços, podem sofrer um aumento na carga tributária caso os vetos sejam mantidos. Isso pode afetar a competitividade das empresas e, consequentemente, a geração de empregos.

Da mesma forma, a derrubada dos vetos e a prorrogação da desoneração podem trazer alívio financeiro para as empresas, permitindo que elas mantenham suas operações e possam investir em novos projetos. Além disso, a prorrogação da desoneração também beneficia as prefeituras de municípios com até 142 mil habitantes, reduzindo a alíquota previdenciária de 20% para 8%.

Cabe aos investidores acompanhar de perto os desdobramentos dessa questão, uma vez que a decisão final pode impactar as perspectivas de crescimento das empresas e, consequentemente, os retornos dos investimentos.

Conclusão

O ministro Alexandre Padilha defendeu os vetos à desoneração da folha de pagamentos e destacou que o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, iniciará um diálogo com os setores econômicos para buscar alternativas que respeitem a constituição e mantenham os empregos.

A votação dos vetos está prevista para esta semana, e já existe uma expectativa de que o veto presidencial seja derrubado. Caso isso aconteça, as empresas beneficiadas pela desoneração poderão ter mais alívio financeiro e incentivos para manter suas operações.

No entanto, a prorrogação da desoneração também traz impactos financeiros para as prefeituras de municípios menores, que terão a alíquota previdenciária reduzida.

É importante que os investidores acompanhem de perto os desdobramentos dessa questão, pois ela pode afetar o desempenho das empresas e, consequentemente, os resultados dos investimentos.

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