Os planos da Topaz para chegar à Bolsa

A Topaz, empresa de tecnologia para bancos pertencente ao grupo Stefanini, está trabalhando para lançar uma oferta pública inicial (IPO) assim que houver uma nova oportunidade para empresas brasileiras na Bolsa. Após tentar listar-se na B3 em 2021 e planejar uma eventual abertura de capital em Nova York, o CEO da empresa, Jorge Iglesias, está avaliando a melhor alternativa em conversas com bancos e fundos.

Iglesias vê a abertura de capital como um movimento estratégico importante para a Topaz. Além de obter recursos para acelerar a expansão da empresa, ele enxerga o IPO como uma maneira de ganhar mais mercado tanto no Brasil quanto no exterior. Segundo o CEO, a listagem demonstrará ao mercado que a empresa possui governança e transparência, o que aumentará sua credibilidade.

Desde que a Stefanini adquiriu a Topaz em 2010, a empresa passou por um processo de crescimento significativo. No momento da compra, a empresa contava com menos de 40 clientes, um faturamento de R$ 70 milhões e um portfólio de produtos voltado para o backoffice das instituições financeiras. Hoje, a Topaz possui mais de 300 clientes e uma receita 12 vezes maior.

A Topaz está presente em 25 países, incluindo América Latina, Espanha e Estados Unidos. Seus principais clientes incluem Itaú, Banco do Brasil, Caixa, Santander, PagBank e Banco de La Nación Argentina. A abrangência da empresa poderia suprir o espaço deixado pelo fechamento de capital da Sinqia em carteiras de fundos que veem potencial na área de tecnologia para bancos.

O CEO Jorge Iglesias evita comparações diretas com a concorrência, mas afirma que o portfólio da Topaz é mais abrangente. Enquanto o IPO continua incerto, a empresa está focada em ampliar sua oferta de produtos bancários, visando uma lógica de "full banking". Atualmente, a Topaz fornece uma variedade de serviços, desde soluções para internet banking até ferramentas de atendimento ao cliente com inteligência artificial.

Dessa forma, a Topaz se destaca como uma empresa em crescimento no setor de tecnologia para bancos. A possível abertura de capital trará oportunidades tanto para a empresa quanto para investidores individuais interessados em investir no mercado financeiro brasileiro.