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Obras Inacabadas: mães deixam de trabalhar para cuidar dos filhos por falta de conclusão em construção de creches na PB

Obras Inacabadas: mães deixam de trabalhar para cuidar dos filhos por falta de conclusão em construção de creches na PB

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Obras Inacabadas: mães deixam de trabalhar por falta de creche na Paraíba

As obras inacabadas de creches na Paraíba têm causado prejuízos tanto para o dinheiro público quanto para os pais e crianças que aguardam há anos pela conclusão das construções. Essa é a segunda parte da série "Obras Inacabadas: 2ª Temporada", do JPB2, que investigou obras que foram iniciadas por gestores públicos, mas nunca finalizadas.

Desafios das creches inacabadas

A reportagem destaca três cidades onde as obras de creches estão paradas: Baía da Traição, Rio Tinto e Bayeux. Todas elas enfrentam desafios semelhantes, como a falta de uma estrutura adequada para receber as crianças.

Na aldeia Vila São Miguel, em Baía da Traição, a obra de construção de uma creche começou em 2014, mas até agora não foi finalizada. A creche beneficiaria cerca de 1.500 indígenas que vivem na aldeia, incluindo centenas de crianças que precisam se deslocar até o Centro da cidade para estudar. Além disso, o prédio já construído está exposto a rachaduras, infiltrações e destruição causadas pelo abandono.

Em Rio Tinto, a creche está quase pronta há dois anos e meio, mas ainda não foi aberta para o público. O ex-prefeito, Fernando Naia, afirmou que deixou a parte física da obra concluída, mas a gestão atual precisa fazer reformas, trocar algumas estruturas e adquirir equipamentos antes da inauguração.

Já em Bayeux, a construção da creche no bairro Imaculada começou há pelo menos 10 anos e está apenas 16% concluída. O local está completamente abandonado, oferecendo riscos para a população. Além disso, pais e mães enfrentam dificuldades para conciliar o trabalho e o cuidado com os filhos.

Impactos financeiros e sociais

A falta de conclusão das obras de creches na Paraíba representa um grave prejuízo para o dinheiro público. Foram investidos milhões de reais nessas construções, mas o abandono e a falta de recursos impedem a conclusão das obras.

Além disso, os impactos sociais são significativos. As mães que não têm onde deixar seus filhos precisam deixar de trabalhar ou contar com a ajuda de familiares para cuidar das crianças. Essa situação dificulta a inserção dessas mulheres no mercado de trabalho e gera uma sobrecarga emocional e financeira para as famílias.

Perspectivas para a conclusão das obras

As prefeituras das cidades afetadas estão buscando soluções para retomar e finalizar as obras das creches inacabadas. Em Baía da Traição, a expectativa é que a creche seja concluída com a retomada de obras paralisadas do Governo Federal.

Já em Rio Tinto, a previsão é de que no início do ano letivo de 2024 as matrículas possam ser abertas, após a conclusão das reformas e aquisição de equipamentos. Em Bayeux, a prefeitura está em negociação com o Governo Federal para obter recursos do novo Plano de Aceleração do Crescimento (PAC) e retomar a obra.

Conclusão

As creches inacabadas na Paraíba representam um problema grave para a população, causando prejuízos financeiros e sociais. A falta de conclusão das obras afeta tanto as famílias que não têm onde deixar seus filhos quanto o dinheiro público que foi investido nessas construções. É importante que as autoridades responsáveis se empenhem na retomada e finalização das obras, visando garantir o direito básico das crianças à educação e o suporte necessário para as mães conciliarem trabalho e cuidado dos filhos.

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