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Obras Inacabadas: escola, Rodoshopping e aterro sanitário representam descaso com dinheiro público

Obras Inacabadas: escola, Rodoshopping e aterro sanitário representam descaso com dinheiro público

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Obras Inacabadas: escola, Rodoshopping e aterro sanitário representam descaso com dinheiro público

Esta é a quarta e última parte da série do JPB2, “Obras Inacabadas: 2ª Temporada”, em que os repórteres Laerte Cerqueira e Beto Silva viajaram por 11 cidades, do Litoral ao Sertão, visando averiguar obras que foram iniciadas por gestores públicos, mas que nunca foram finalizadas, representando um grave prejuízo de dinheiro público.

Escola abandonada há uma década

A construção da Escola Municipal de Educação Infantil e Ensino Fundamental Profª Noêmia Alves, no município de Conde, Região Metropolitana de João Pessoa, começou em 2013. Porém, a obra foi abandonada pela empresa responsável após o gasto de R$ 1,3 milhões, segundo a prefeitura. A estrutura agora está deteriorada, com infiltrações no teto, paredes destruídas e mato tomando conta do pátio. O custo estimado para a conclusão da obra é de mais R$ 4 milhões. A prefeitura aguarda recursos federais para retomar os trabalhos.

Elefante branco na BR-230

O Rodoshopping do distrito do Cajá, localizado nas margens da BR-230, foi inaugurado em 2010, mas desde então não cumpriu sua função. O local apresenta problemas estruturais, como lâmpadas que caíram, infiltrações e portas destruídas. Foram investidos mais de R$ 6 milhões em materiais de construção para a estrutura, que acabaram sendo desperdiçados ou destruídos. A solução do Governo do Estado foi conceder o espaço para a iniciativa privada, mediante uma licitação.

Aterro sanitário quase pronto, mas sem funcionar

A cidade de Vieirópolis, no Sertão da Paraíba, possui um aterro sanitário quase pronto, mas que ainda não está em funcionamento. A obra teve início em 2019, mas enfrentou atrasos no repasse de verbas federais, problemas geológicos e realinhamento de preços. Já foram gastos R$ 3,6 milhões na construção, porém o local apresenta sinais de destruição, como infiltrações e falta de calçamento. A prefeitura negocia com a Funasa o remanejamento de recursos para concluir e equipar o aterro.

Análise e impactos no mercado financeiro

O descaso com obras inacabadas representa um grave prejuízo para o dinheiro público e afeta diretamente a sociedade. No caso da escola abandonada no Conde, a falta de conclusão impede que a comunidade usufrua do espaço educacional adequado. Além disso, a necessidade de novos investimentos para concluir a obra aumenta ainda mais o custo total.

O Rodoshopping do distrito do Cajá, por sua vez, é um símbolo do desperdício de recursos públicos, uma vez que foram investidos milhões de reais em uma estrutura que não cumpriu sua função. A concessão para a iniciativa privada é uma tentativa de minimizar os gastos e dar uma nova destinação ao local.

No caso do aterro sanitário em Vieirópolis, a falta de conclusão da obra acarreta em um gasto adicional para a prefeitura, que precisa pagar uma taxa para destinar o lixo doméstico para uma cidade vizinha. O remanejamento de recursos e a conclusão do aterro são necessários para evitar mais desperdício de dinheiro público e proporcionar uma solução adequada para o descarte de resíduos.

Essas obras inacabadas refletem a falta de planejamento e gestão por parte dos gestores públicos, impactando negativamente no desenvolvimento das cidades e no uso eficiente dos recursos públicos.

Portanto, é fundamental que haja transparência e responsabilidade na execução de obras públicas, evitando ações que resultem em desperdício de dinheiro e prejudiquem a população. A recuperação desses recursos e a conclusão das obras são medidas essenciais para a resolução desses problemas e o fortalecimento do setor público no país.

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