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O que esperar da temporada de resultados do 3º trimestre? Confira ações e setores para ficar de olho

O que esperar da temporada de resultados do 3º trimestre? Confira ações e setores para ficar de olho

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O que esperar da temporada de resultados do 3º trimestre? Confira ações e setores para ficar de olho

A temporada de resultados do terceiro trimestre de 2023 (3T23) começou nesta terça-feira (24) com os números de Neoenergia (NEOE3) e Romi (ROMI3). A expectativa é grande, pois as empresas da Bolsa enfrentam um cenário global e doméstico ainda desafiadores. Apesar dos cortes de juros no Brasil, o panorama se deteriorou devido a diversos fatores, como a sinalização dos bancos centrais de países desenvolvidos em manter juros altos, a alta das taxas de juros de longo prazo, uma recuperação tímida da economia chinesa e riscos fiscais internos.

De forma geral, a perspectiva para essa temporada de resultados é mista. Analistas da XP Investimentos esperam uma queda do lucro por ação, Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) e receita em 39%, 26% e 12%, respectivamente, para as empresas do Ibovespa em comparação com o terceiro trimestre de 2022. Os preços das commodities subiram em relação ao trimestre anterior, mas caíram 11% na comparação anual. O preço do petróleo teve um aumento significativo, o que pode impactar o setor de Energia.

No setor financeiro, a expectativa é de bons resultados. Os bancos incumbentes devem apresentar crescimento saudável da carteira de crédito, enquanto os Neo-Banks e Fintechs devem mostrar melhorias na rentabilidade. No setor de Elétricas, as empresas continuam a mostrar resultados resilientes, principalmente as distribuidoras de energia. Já os Shoppings e Propriedades Comerciais têm expectativa de forte crescimento, com resultados positivos para empresas como Iguatemi e Multiplan.

Por outro lado, alguns setores devem enfrentar desafios. O setor de saúde, principalmente ligado a planos de saúde, deve continuar com desempenho baixo devido a questões como a alta sinistralidade e mudanças na regulamentação. O setor de mineração também não deve surpreender, devido à desaceleração da China. Para o varejo, a expectativa é de um terceiro trimestre fraco, porém, o quarto trimestre pode apresentar uma melhora marginal com base de comparação mais favorável e clima favorável.

Além disso, a temporada de resultados deve trazer impactos para diversos setores da Bolsa. No setor de agro, bebidas e alimentos, melhores preços do açúcar podem ser favoráveis, mas os preços do etanol são menos atrativos na comparação anual. Para frigoríficos, a projeção é de um trimestre misto, refletindo a diversificação geográfica de proteínas entre as empresas. Já os produtores de grãos devem enfrentar um fraco momentum nos resultados, enquanto os players de insumos agrícolas podem ver as vendas se recuperarem.

No setor bancário e de mercados de capitais, espera-se uma continuação das tendências observadas no trimestre anterior, com crescimento modesto da carteira de crédito e receitas pressionadas para as empresas do mercado de capitais. Para bens de capital, a projeção é positiva para algumas empresas, como Tupy, Marcopolo e Kepler Weber, mas negativa para outras, como Iochpe-Maxion. No setor de construtoras, o panorama é de vendas sólidas no segmento de baixa renda, mas resultados mistos.

Em resumo, a temporada de resultados do terceiro trimestre tem expectativa de resultados mistos para as empresas da Bolsa brasileira. Alguns setores devem apresentar bons resultados, como o financeiro, elétricas e shoppings. Por outro lado, setores como saúde, mineração e varejo enfrentarão desafios. Os resultados terão impactos significativos no mercado financeiro e nos investidores individuais, sendo necessário ficar atento às oportunidades e riscos que surgirão ao longo da temporada.

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