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O que a Reforma Tributária tem a ver com sonho de valsa, sorvetes e cerveja

O que a Reforma Tributária tem a ver com sonho de valsa, sorvetes e cerveja

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Reforma Tributária: o impacto no mercado financeiro e nos investidores brasileiros

Uma das mudanças mais discutidas e aguardadas no cenário econômico brasileiro é a Reforma Tributária. Essa proposta visa simplificar o sistema de impostos no país, substituindo cinco tributos por um único Imposto sobre Valor Agregado (IVA).

No entanto, encontrar uma classificação adequada para alguns produtos tem sido um desafio. Itens como bombons e sorvetes têm sido objeto de debates sobre sua categorização e a possibilidade de terem uma tributação adicional por serem considerados prejudiciais à saúde.

Essas questões têm sido resolvidas em instâncias como o Carf (Conselho de Recursos Fiscais) ou até mesmo no Judiciário. Para evitar a tributação adicional, empresas têm adotado estratégias, como renomear bombons para "waffles" e sorvetes para "bebidas lácteas".

No entanto, a Reforma Tributária pretende taxar apenas produtos como bebidas alcoólicas, cigarros e armas, classificados como prejudiciais à saúde e ao meio ambiente. Além disso, o objetivo é reduzir a complexidade do sistema tributário brasileiro, unificando as alíquotas e eliminando exceções.

Uma lei complementar será responsável por definir as listas de produtos e serviços com alíquotas reduzidas, como remédios, alimentos e produtos de higiene. Além disso, alguns medicamentos e alimentos poderão ter alíquota zero.

No entanto, questões sobre a classificação desses produtos ainda geram dúvidas, principalmente em serviços de saúde estéticos, como dentistas, nutricionistas e dermatologistas. Além disso, há dúvidas se a cerveja será considerada alimento para consumo humano, com redução de impostos.

Outra preocupação é a criação do Imposto Seletivo, que incidirá sobre bens e serviços considerados prejudiciais à saúde ou ao meio ambiente. Empresas buscarão evitar serem enquadradas nesse critério, o que pode gerar debates sobre a aplicação dessa tributação adicional.

No entanto, especialistas acreditam que a reforma contribuirá para a simplificação do sistema tributário, reduzindo o contencioso relacionado a esses impostos. Ainda assim, a classificação dos produtos continuará sendo um desafio, como a questão das impressoras multifuncionais, que possuem funções diversas.

É importante ressaltar que a reforma não afeta o Imposto de Importação e medidas de defesa comercial, como o direito antidumping aplicado sobre calçados Crocs.

Em termos de alíquota, algumas exceções previstas na reforma podem resultar em uma tributação maior, passando de cerca de 22% para até 27%, de acordo com cálculos do Ministério da Fazenda.

Apesar das discussões e possíveis controvérsias, a expectativa é que a Reforma Tributária traga uma simplificação no sistema tributário brasileiro, promovendo uma redução nos planejamentos tributários realizados pelas empresas para classificar seus produtos.

Dessa forma, a reforma poderá ter impactos significativos no mercado financeiro e nos investidores brasileiros, proporcionando maior clareza e previsibilidade nas questões tributárias. Resta aguardar as definições da lei complementar e as repercussões dessas mudanças no setor.

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