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No que investir? Veja as apostas de analistas para 2024

No que investir? Veja as apostas de analistas para 2024

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No que investir? Veja as apostas de analistas para 2024

Com a expectativa de juros baixos, inflação controlada e queda do dólar, os investimentos devem se beneficiar em 2024. Segundo analistas, o próximo ano será favorável tanto para a renda fixa quanto para a renda variável, oferecendo boas oportunidades aos investidores.

Renda Fixa ainda atrativa, mas com menor rentabilidade

De acordo com especialistas, os próximos meses devem seguir a tendência vista no final deste ano, com a perspectiva de cortes de juros e recuperação de ativos de risco. O ciclo de aperto monetário, que visava controlar a inflação decorrente da pandemia, parece ter chegado ao fim. Agora, o debate gira em torno de como serão os cortes das taxas básicas de juros ao redor do mundo.

A pesquisa Focus do Banco Central aponta que a taxa Selic deve terminar o próximo ano em 9,25% ao ano. Atualmente, ela está em 11,75% e, segundo Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central, deve cair para 10,75% já em março. A redução na Selic diminui a rentabilidade da renda fixa.

No entanto, como a inflação também está em tendência de queda, os juros reais (acima da alta dos preços) ainda continuam altos, de acordo com os especialistas. O IPCA previsto pelo Focus é de 3,93% em 2024. Considerando a Selic de 9,25%, isso equivale a um juro real de 5,32% para o próximo ano.

"A renda fixa continua com taxas atrativas, e o investidor deve sempre ter renda fixa na carteira. Mas, agora, se tiver o perfil mais agressivo, também deve ter renda variável", diz Marina Renost, analista da Blackbird.

Oportunidades na Renda Fixa

Na renda fixa, Marina prefere títulos prefixados que vencem entre dois e quatro anos, e os atrelados ao IPCA com prazos mais longos. Ela também destaca as boas oportunidades em crédito privado, mas ressalta que é necessário analisar se a empresa é saudável e consolidada.

Geralmente, quanto mais risco, maior o retorno. É por isso que os títulos privados, como debêntures, CRAs e LCIs, pagam mais que os títulos públicos, já que empresas têm mais chances de quebrar do que o país.

Rachel de Sá, analista da Rico, afirma que as reduções previstas para a Selic terão pouco impacto na carteira do investidor brasileiro. Ela recomenda dividir os investimentos em títulos de renda fixa prefixados, pós-fixados e híbridos, com maior peso para os dois últimos. Além disso, ela indica fundos de renda fixa com gestão ativa, que reúnem diferentes tipos de produtos e títulos com diferentes prazos de vencimento.

As grandes gestoras, como o Itaú e a BlackRock, também estão apostando na renda fixa. No Itaú, ela compõe a maior parte das carteiras recomendadas, com maior peso nos pós-fixados. Na BlackRock, a renda fixa brasileira é mais atrativa devido ao juro real elevado.

Oportunidades na Renda Variável

Com a queda dos juros e a expectativa de cortes nas taxas de países desenvolvidos, os ativos de renda variável brasileiros têm um maior potencial de valorização, segundo especialistas.

Nicholas McCarthy, diretor de investimentos do Itaú, destaca que o Ibovespa, principal índice da B3, está cerca de 20% abaixo da sua média histórica. Isso significa que a Bolsa de Valores ainda tem espaço para subir e retornar a um patamar considerado normal. Ele afirma que com os juros caindo, esse cenário pode se concretizar.

De acordo com um levantamento da corretora Rico, os setores da Bolsa que mais se beneficiaram em ciclos de queda de juros e ainda não se recuperaram no atual ciclo são: agronegócio, alimentos e bebidas, bens de capital, elétricas, instituições financeiras, saneamento e transportes. A corretora recomenda investir em empresas como Itaú, Banco do Brasil, BB Seguridade, Alupar, Isa Cteep e Assaí.

Outra ação bem avaliada pelos analistas é a Petrobras. Além disso, especialistas sugerem investir em ações estrangeiras, principalmente nos setores ligados à inteligência artificial, onshoring (busca por fornecedores do mesmo país) e saúde.

Diversificação e Perfil de Risco

É importante lembrar que cada investidor possui um perfil de risco e é necessário adequar a carteira de investimentos a esse perfil. Além disso, é fundamental ter uma reserva de emergência antes de investir, equivalente a, no mínimo, seis meses de gastos.

Marina Renost alerta que, para os investidores conservadores, mesmo que seja um bom momento para investir na Bolsa, o mais prudente é não comprar ações. Ela recomenda investir em títulos de renda fixa prefixados e atrelados ao IPCA.

Rachel de Sá também destaca a importância de entender no que se está investindo e não esperar por milagres, especialmente após a reserva de emergência estar garantida.

Diante dessas perspectivas para 2024, os investidores brasileiros interessados em finanças e investimentos devem considerar as oportunidades tanto na renda fixa quanto na renda variável, de acordo com seus perfis de risco e objetivos financeiros.

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